Projeto funcionava em uma casa cedida por um condomínio, mas foi descontinuado em 2015
Um dia após resgatar o material abandonado que era usado pelo serviço no Alto Independência, Guarda foi ao local que abrigava outro braço do trabalho
O projeto de Guarda Comunitária, que foi encerrado sem motivo no Alto Independência em 2014, também foi descontinuado em outro local: há dois anos, ele foi interrompido no Vale do Carangola. Na segunda-feira (13.03), a Guarda esteve no Alto Independência e recolheu computadores e equipamentos abandonados, cobertos de poeira, com sinal de degradação. Eles foram levados para a sede da corporação onde serão recuperados e colocados em uso. No Vale do Carangola, onde o serviço também foi desativado, a Guarda esteve nesta terça-feira (14.03) e se colocou à disposição para encontrar uma solução para retomar o projeto por lá.
A Guarda Comunitária funcionava em uma casa cedida por um condomínio, que ainda colocou um carro à disposição da corporação para rondas no Vale do Carangola. A parceria iniciou em 2010 e tinha prazo de três anos. Porém, mesmo depois disso, ele foi mantido nos mesmos moldes pelo condomínio até 2015.
“Era um projeto deu certo, funcionava e a comunidade gostava. Mas por questões políticas, ele foi encerrado e deixou essa localidade carente dos serviços que eram oferecidos”, conta o comandante da Guarda, Jeferson Calomeni. Ele esteve no Vale do Carangola nesta terça-feira. Atualmente, o espaço é utilizado por uma ONG. A ideia da Guarda era que o espaço fosse ampliado e abrigasse ambos os trabalhos.
“A gente oferecia cursos de informática, de idiomas, de música, aulas de ginástica laboral e mantinha uma equipe fixa de cinco homens para fazer o patrulhamento da região. Era um trabalho que atendia a comunidade, que ajudava os moradores, por exemplo, a conquistar melhor qualificação profissional. E os cursos eram dados pelos próprios guardas e tudo era oferecido gratuitamente”, lembra Calomeni.
Todo o material que utilizado pelo serviço foi recolhido pela Guarda logo após o encerramento da Guarda Comunitária. Oito computadores, oito monitores, 16 carteiras escolares, 16 cadeiras, dois armários e uma mesa de professor foi levado de volta para a sede e colocado em uso para a corporação.
O coordenador de Segurança, Maurício Borges, também acompanhou a ida até o Vale do Carangola. Ele informou ao condomínio que está aberto a buscar alternativas para retomar o serviço.
“Nós encontramos uma bagunça deixada pelo antigo governo e estamos ajeitando tudo. No Alto Independência, encontramos todo material abandonado, num verdadeiro descaso com o equipamento público. Nós nos colocamos à disposição para retomar as conversas com o condomínio e tentar trazer de voltar a Guarda Comunitária para cá”, comentou Borges.