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Quinta, 16 Março 2017 17:40

Palestras e contação de histórias marcam a manhã literária em comemoração ao aniversário de Petrópolis no Centro de Cultura

“Podemos medir o amor? / Perguntam com ansiedade / Acho possível se o for / Com a trena da eternidade”. A trova é do presidente da União Brasileira dos Trovadores, Roberto Francisco, que palestrou, nesta quinta-feira (16.03), aniversário de Petrópolis, no Centro de Cultura Raul de Leoni. O encontro, que aconteceu às 12h, faz parte da extensa programação cultural que acontece em comemoração aos 174 da cidade, que visa valorizar o artista local e evidencia a arte e a cultura tão presentes no município.

Marcada pelo bom humor, durante a palestra Roberto contou a história da trova e dos seus quase 50 anos à frente da UBT. Ele lembrou dos 37 concursos sobre o tema que já aconteceu no município e encantou o público com trovas literárias e humorísticas. O verso que abre esse texto, por exemplo, foi vencedor de um concurso do Nordeste e feito para o neto de Roberto quando foi questionado sobre a dúvida de quem amava mais, ele ou a namorada. “Na época eram jovens apaixonados e hoje estão casados e felizes”, explicou ele, que acumula mais de 30 mil trovas desde que descobriu a paixão pelo tema em 1966. 

Contação de história traz Petrópolis como tema do dia

Quem se divertiu com a contação história que aconteceu a partir das 11h30 no Centro de Cultura, foram os pequenos Bernardo Santos e Ligia Garcia. Eles ficaram encantados com a narração da Alaíde Guedes que, com muito bom humor, relatou a vinda da família imperial para Petrópolis.

Contadora há 20 anos, Alaíde acredita que a forma descontraída com que trata cada tema faz com que as crianças absorvam melhor o que está sendo apresentado naquele momento. Ela destaca, ainda, que é importante que as crianças e, principalmente os adolescentes, tenham o incentivo à leitura continuado, para que virem adultos leitores.

“Quando eles chegam em séries mais avançadas, o acumulo de matérias acaba fazendo com que fiquem desmotivados para ler outras coisas, além do conteúdo proposta nas disciplinas. É aí que está o erro. O incentivo tem que ser constante, para que os jovens entendem o prazer da leitura”, destaca Alaíde.

Palestra sobre cultura nas comunidades carentes causa debate entre os participantes

A palestra que abriu a programação literária, às 10h, proferida por Catarina Santos, destacou a “A contribuição da cultura nas comunidades carentes”, e causou debate entre os participantes. O tema propôs uma reflexão sobre como a sociedade se mobiliza no engajamento social voltado aos menos favorecidos.

Com o viés voltado aos direitos humanos, a palestrante defende que, antes de qualquer coisa, as pessoas precisam ter seus direitos básicos respeitados. “Se uma pessoa sente dor no estômago por fome, como ela poderá pensar em outra coisa?”, questiona. O público destacou a atuação social nesse cenário e como as iniciativas voltadas as ações de incentivo à cultura são importantes para que nossos talentos sejam descobertos e desenvolvidos.

À tarde, a programação continua no Centro de Cultura Raul de Leoni e na Praça Visconde de Mauá, em frente à Câmara dos Vereadores.

14h – Roda de Poesia

15h30 – Palestra “Do texto autoral à ilustração” com Rodrigo CB

17h – Roda de leitura

18h – Bate-papo sobre a “História do Cineme em Petrópolis”, com Aline Castella

20h – Exibição “Cineclubes de rua” – Projeção de filmes em curta-metragem de diversos estilos cinematográficos

A feira de Cerveja Artesanal, que começou às 11h, prossegue por todo dia, com encerramento às 22h.