Debate faz parte do planejamento do eixo de mapeamento de risco do projeto GIDES

Equipes do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEM), ambos do governo federal e ainda a Defesa Civil estadual e a Defesa Civil municipal começaram a discutir os tópicos que vão fazer parte do plano de contingência do projeto GIDES - Gestão do Risco de Desastres e Programa de Resposta nesta quinta-feira (30.03). O debate continua na sexta (31.03) pela manhã. Depois, na parte da tarde, os agentes do CENAD vão fazer um treinamento com toda equipe da Defesa Civil de Petrópolis para o preenchimento deste plano pela internet.

“Esse debate é fundamental na elaboração do plano de contingência, pois são os agentes de campo que vivem as situações de emergência. A experiência prática deles precisa ser ouvida”, considera o chefe da divisão de monitoramento do CENAD, Tiago Molina.

Tiago elogia o trabalho feito pela Defesa Civil de Petrópolis. “A equipe da Defesa Civil de Petrópolis é a mais interessada no debate, sempre propondo ideias e apresentando soluções. Essa troca de experiência é muito bacana”, afirma.

O diretor do Departamento Técnico, Operacional e de Fiscalização da Defesa Civil, Ricardo Branco, participou do debate apresentando as maiores dificuldades das equipes de Petrópolis. “O debate é importante. Petrópolis é uma cidade com características bem específicas, diferente de quase todos os municípios do país. Os representantes do CENAD e do CEMADEM buscaram entender as nossas dificuldades e, dessa maneira, estamos chegando a consenso para criarmos um plano de contingência que funcione”, explica.

Desenvolvido entre o governo brasileiro e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), o projeto GIDES tem o objetivo de reduzir os desastres por meio de quatro manuais: alertas antecipados, mapeamento de risco, planejamento urbano e obras de reabilitação e prevenção.

A Defesa Civil de Petrópolis já colocou em prática, de forma experimental, o monitoramento de deslizamentos de terra seguindo o protocolo japonês, que faz o cálculo do acumulado de água no solo. O sistema faz parte do eixo de alertas antecipados, que é organizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEM).  

O Projeto GIDES é executado pelo Ministério das Cidades, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - CEMADEN, pelo Ministério da Integração - CENAD e pelo Serviço Geológico Brasileiro – CPRM, contando com a cooperação de especialistas japoneses do Ministério da Terra, Transporte, Infraestrutura e Turismo – MLIT, da Agência de Meteorologia do Japão e de outros órgãos de expertise na área, através da Agência de Cooperação Internacional do Japão – JICA.