Parceria entre a Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis e o Iphan vai viabilizar as intervenções.
Um dos principais cartões postais de Petrópolis, o Palácio de Cristal vai passar por obras emergenciais, que serão garantidas por meio de uma parceria entre a Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O recurso de aproximadamente R$ 100 mil destinado pelo órgão federal será investido em ações como conserto do telhado, troca de vidros quebrados, entre outras pequenas intervenções. Nesta semana, o presidente da FCTP, Leonardo Randolfo acompanhou a visita feita pela chefe do escritório técnico do Iphan na Região Serrana, Fernanda Zucolotto, ao atrativo para avaliar os reparos que podem ser realizados.
Com 113 anos e às vésperas de abrigar a Bauernfest em seu entorno, o Palácio de Cristal é um dos prédios mais importantes para a cultura e turismo da Cidade Imperial. Construído na França, atendendo a uma encomenda do Conde d'Eu, marido da princesa Isabel, o palácio foi desmontado e trazido para Petrópolis, onde foi reconstruído. Por mês, o espaço recebe mais de 30 mil visitantes encantados por suas transparências e jardins.
“A falta de manutenção não pode existir em uma cidade que depende do turismo e que tem raízes culturais tão expressivas. O valor destes próprios municipais como o Palácio de Cristal é inestimável para a cidade e a nossa busca logo no início da gestão é buscar parceria, apoio e recursos para restauração e conservação”, afirma o prefeito Bernardo Rossi.
“Ficamos felizes com essa parceria com o Iphan, iniciada pelo prefeito Bernardo Rossi durante a visita da presidente Kátia Bogéa, no mês passado, pois mostra a sensibilidade do órgão federal em somar forças com o governo municipal para realizarmos essa ação emergencial no Palácio de Cristal e garantirmos, assim, a preservação desse patrimônio da cidade”, disse o presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, Leonardo Randolfo.
Prevista para iniciar no mês de abril, a obra será executada por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre o Iphan e empresa privada que deve multa ao órgão federal por ter causado algum dano em bem tombado.
“Ao invés do Iphan receber o valor da multa, nós firmamos esse TAC com a empresa que troca o pagamento pela prestação do serviço sempre em relação a algum patrimônio. É melhor, pois reverte diretamente para a cidade e é educativamente interessante, pois mostramos que não sai barato estragar um bem. Tem que ter um benefício maior para a sociedade, já que essa empresa causou algum dano em bem tombado”, explica Fernanda Zucolotto.