A imunização deve ser feita com 15 dias de antecedência na Epidemiologia.
A Coordenação de Epidemiologia orienta a todos que viajarão a trabalho ou a lazer para Europa que se vacinem contra sarampo. A medida é uma diretriz do Ministério da Saúde, que após a confirmação do surto da doença em 15 países europeus está adotando a imunização como medida preventiva de entrada do vírus no Brasil. Por ser uma doença altamente contagiosa, a imunização deve ser realizada 15 dias antes do embarque.
No calendário nacional de vacinação de rotina, todos os indivíduos de 1 a 29 anos de idade devem ter duas doses de vacina para sarampo. Recomenda-se que os adultos nascidos depois de 1960, sem comprovação de nenhuma dose, recebam pelo menos uma dose da vacina tríplice viral (SCR). Esta vacina não é recomendada a gestantes e pessoas com problemas com doenças imunodepressivas – que comprometem o sistema imunológico. A vacina tríplice viral (SCR) protege contra o sarampo, rubéola e a caxumba.
O secretário de Saúde, Silmar Fortes, explica que as pessoas que tiverem alguma dúvida com relação à imunização, devem entrar em contato com a Coordenação de Epidemiologia ou levar a caderneta de vacina até um posto de saúde da família. O sarampo foi erradicado do Brasil que recebem em 2016 da Organização Mundial de Saúde (OMS), o certificado de eliminação do sarampo no país.
“São países com grande circulação de brasileiros como Portugal, Itália, Alemanha e Espanha, então a melhor maneira de se prevenir é tomando a vacina. A epidemiologia já entrou em contato com algumas empresas que enviam funcionários para esses países a trabalho para que eles verifiquem suas cadernetas de vacina antes da viagem, mas a medida serve a todos que irão viajar para a Europa”, afirma Silmar Fortes.
No retorno de recente de viagem ao exterior, o viajante deve ficar atento: se apresentar febre, manchas avermelhadas pelo corpo, acompanhadas de tosse ou coriza ou conjuntivite, até 30 dias após seu regresso, estes podem ser sintomas do sarampo. A coordenadora da Epidemiologia, Elisabeth Wildberger orienta que a pessoa que apresentar esses sintomas que procure imediatamente umaunidade de saúde, informe seu itinerário de viagem, permaneça em isolamento social e evite circular em locais públicos.
“Vale reforçar que medidas simples auxiliam na prevenção das doenças detransmissão respiratória: cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.
Lavar as mãos com frequência com água e sabão, ou então utilizar álcool em gel. Não compartilhar copos, talheres e alimentos. Sempre que possível evitar aglomerações ou locais pouco arejados. Todo caso suspeito de sarampo deve ser notificado imediatamente à Coordenação de Epidemiologia”, disse Elisabeth Wildberger.
Entenda o caso: Pelo menos 25 pessoas morreram de sarampo na Europa no atual surto da doença. A maioria dos casos na Romênia, país que em pouco mais de um ano teve mais de 4800 pessoas infectadas. A Itália registrou mais de 1700 casos, a Alemanha 462, França 134 casos, Espanha com 44 e a Bélgica tem mais de 160 infecções confirmadas. Portugal tem até ao momento 25 situações de sarampo confirmadas, sendo um óbito, segundo o mais recente balanço da Direção-geral da Saúde (DGS).