Núcleo de Integração Social oferece leitos extras, alimentação e roupas
Com temperaturas que estão chegando a 3ºC, a Secretaria de Assistência Social está ampliando as abordagens noturnas durante o inverno oferecendo abrigo às pessoas em situação de rua na temporada mais fria do ano. Na segunda-feira (03.07) a Secretaria conseguiu acolher sete das pessoas, das 15 convidadas para pernoitar no Núcleo de Integração Social (NIS). As outras oito recusaram dormir no abrigo. Mas nesta terça-feira (04.07) com termômetros chegando a marcar 3ºC em grande parte do município, a adesão foi maior, com 15 pessoas abrigadas. A abordagem está sendo feitas todas as noites.
Além de disponibilizar três assistentes sociais para as abordagens noturnas, de 20 às 22h diariamente, a Secretaria de Assistência também está com uma linha direta para que a população ligue caso encontre morador em situação de rua desejando abrigo, o telefone é 2246-8741 com funcionamento 24h.
Vindo pela demanda espontânea, o senhor J.S.G. de 60 anos, buscou o abrigo para não só se proteger do frio, mas também ter mais segurança. “Eu dormia na rodoviária, mas resolvi sair por não achar muito seguro. Aqui eu tenho alimentação, cama quentinha e roupas novas. É muito melhor estar aqui do que estar nas ruas”, afirma.
Como durante o inverno o risco do agravamento de doenças respiratórias aumenta, durante a abordagem, uma viatura do SAMU teve que ser acionada para que uma pessoa fosse socorrida devido a uma crise de asma. A superintendente de Atenção à Saúde, Fabíola Heck, explica que o frio pode até levar a óbito devido à diminuição das funções vitais por conta da queda da temperatura.
“Algumas dessas pessoas são assistidas pelo Consultório na Rua por terem assiduidade no Centro POP que nos encaminha os atendimentos. Todos estão vacinados e com acompanhamento clínico, mas há àqueles que não querem atendimento e esses são os casos que nos preocupam. O frio pode agravar muitas patologias, grande parte respiratória, mas a pessoa também pode morrer de frio, ainda mais em temperaturas tão baixas como as que estamos presenciando”, disse Fabíola Heck.