Capacitação realizada no HAC atraiu 30 profissionais
Proporcionar o acolhimento humanizado e reduzir os riscos de doenças e mortalidade de gestante e feto são as diretrizes que compõem o Protocolo de Classificação de Risco do Ministério da Saúde. A fim de manter os profissionais da única maternidade do município sempre atualizados para o atendimento, a Secretaria de Saúde e o Hospital Alcides Carneiro (HAC) proporcionaram um curso gratuito para os profissionais da unidade e estudantes. A capacitação realizada em parceria com Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aconteceu nesta quinta-feira (06.07) e reuniu 30 pessoas no auditório do HAC.
Com uma média de 300 partos por mês e de 50 acolhimentos a gestantes por dia, o Hospital Alcides Carneiro é a única maternidade do município a realizar partos em gestantes de alto risco. O diretor da unidade, Filipe Furtuna, avalia que a implantação de fluxos e protocolos é essencial para o HAC que tem planos de implantar uma casa de partos, um ambiente pré e pós-parto para as grávidas e puérperas.
“Essa é uma meta do plano de governo do nosso prefeito e estamos unidos ao Silmar na criação de um projeto para buscarmos junto ao Ministério da Saúde a verba para implantarmos uma casa de partos. O espaço vem ao encontro ao que preconiza a rede cegonha e o protocolo de classificação de risco do Ministério que é proporcionar um ambiente seguro, humanizado e aconchegante às gestantes”, explica Filipe Furtuna.
O curso ministrado no HAC pertence ao projeto ‘Capacita Mulher’ que oferta palestras e capacitações na área da saúde no Rio de Janeiro. A coordenadora do projeto, Glacy Kelly Bisaggio, destaca que a especialização na área de obstetrícia está em crescimento em todo o Estado.
“O Hospital nos procurou justamente por ser uma capacitação essencial para a maior maternidade da região e pelo grande volume de atendimento, mas dentro do projeto temos outros cursos e pretendemos voltar para ministrá-los na cidade”, afirma Glacy Kelly.
A gerente de enfermagem da unidade, Carla Kling, explica que em Petrópolis há uma carência de enfermeiros especializados no acolhimento e na classificação de risco a gestantes e recentemente o hospital buscou profissionais de outras cidades para reposição do quadro.
“O protocolo de classificação de risco é uma ferramenta de apoio à decisão clínica que tem como objetivo a pronta identificação da paciente crítica ou mais grave, permitindo um atendimento rápido e seguro de acordo com o potencial de risco. Para nós é um serviço essencial, mas ainda temos dificuldades na contratação justamente por termos poucos enfermeiros especializados na área. A capacitação de hoje serve para mostrar que esse também é um bom nicho de mercado”, afirma Carla Kling.
O palestrante do ‘Capacita Mulher’, Glauber Amâncio, destacou que a valorização profissional é essencial para ampliar a assistência a gestante.
“Além de apresentarmos os protocolos de classificação, também buscamos destacar o papel dos profissionais, valorizando cada atuação, entre os técnicos, enfermeiros e médicos, que juntos proporcionam o tratamento humanizado em cada etapa do atendimento à gestante”, disse Glauber Armâncio.