A conquista da prefeitura de Petrópolis que está trazendo mais três empreendimentos de Minha Casa Minha Vida foi recebida com alegria por quem espera por uma moradia há anos. Um grupo de cerca de 90 pessoas participou de uma audiência pública realizada nesta segunda-feira (28.08) na Universidade Católica de Petrópolis (UCP) pelo Movimento Popular Permanente por Moradia para esclarecer dúvidas sobre as unidades habitacionais que estão sendo construídas no município e sobre o aluguel social. Para as famílias, as novas 320 unidades que serão erguidas representam a chance de mudar de vida.
É o caso da doméstica Vera Regina, que viu renovadas as esperanças de conseguir uma casa própria. Desde 2011, ela é beneficiária do aluguel social após perder a casa onde morava, no Valparaíso.
“Graças à Deus estão saindo mais esses projetos. Isso nos dá esperança porque a gente precisa muito dessas moradias. É uma vitória para todos nós”, disse ela.
Na próxima quinta-feira (31.08), o ministro das Cidades, Bruno Araújo, estará no Rio de Janeiro, onde vai anunciar o chamamento público para os empreendimentos do programa habitacional em todo estado. Em Petrópolis, será autorizada a abertura do processo para construção dos empreendimentos de Benfica (Itaipava), Vale do Cuiabá e Mosela. Os terrenos, que somam 123 mil m², foram cedidos pelo governo do estado ao município em 2011, mas até hoje não receberam nenhuma casa.
Para o presidente do Movimento Popular Permanente por Moradia, Marcos Borges Sagati, a política habitacional que está sendo implantada no município vai resgatar a dignidade das famílias que vivem o dilema da espera por uma casa há muito tempo.
“A nossa alegria é pelo fato de poder ter a nossa dignidade de volta. Saber que o governo está comprometido em devolver o nosso direito e está providenciando as casas nos deixa feliz”, afirmou.
Os três novos empreendimentos de Minha Casa Minha Vida no município se juntam à construção do conjunto do Vicenzo Rivetti, onde 776 apartamentos estão sendo construídos. Em 2017, após três anos parada, a obra finalmente ganhou ritmo e está perto de 60% de conclusão.
Todos esses empreendimentos fazem parte da faixa 1 do programa habitacional. Nela, são contempladas famílias de mais baixa renda – até R$ 1,8 mil/mensal. A Caixa Econômica Federal é a responsável por fazer a seleção dos beneficiários das moradias. Um dos critérios é a existência de pessoas com dificuldade de locomoção. Para elas, serão destinados 3% dos apartamentos. No caso do Vicenzo Rivetti, são 23 unidades. Tudo isso está sendo estudado em um grupo de trabalho entre as secretarias de Assistência Social e Obras e Habitação, além da própria Caixa. Esse grupo também analisa as questões de infraestrutura do entorno (pavimentação, sistema de drenagem, rede de água e esgoto) e técnico-social (capacitação profissional dos moradores e de gestão dos condomínios).
Na audiência pública também estiveram presentes representantes da Secretaria de Assistência Social, da comissão de Direitos Humanos da OAB Petrópolis, da Defensoria Pública do Estado e de Petrópolis, das Câmaras de Vereadores de Petrópolis e do Rio, do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) e do Movimento pelo Aluguel Social e Moradia de Petrópolis.