161 pacientes usaram a criatividade para criar objetos que serão vendidos de R$ 5 a R$ 20

Peças natalinas continuam em exposição no CAPS da Rua Montecaseros

A prefeitura iniciou nesta segunda-feira (04.12) um bazar com os trabalhos confeccionados pelos usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) localizado na Rua Montecaseros, 576, no Centro. Todas peças à venda têm renda revertida para compra de materiais para oficinas terapêuticas dos próprios pacientes.

Além de lindas peças de decoração natalinas, o público poderá adquirir bijuterias, cestos decorativos, pesos de porta, toalhas e panos de prato bordados e pintados à mão. Logo no primeiro dia de funcionamento, 50 peças foram vendidas e a população pode visitar o bazar diariamente na unidade de 8 às 17h com peças disponíveis para venda a preços que variam de R$ 5 a R$ 20.

A diretora do Diretório de Saúde Mental, Viviane Martins, explica que o trabalho criativo é desenvolvido diariamente no Caps Nice da Silveira em oficinas terapêuticas que além de auxiliar no tratamento dos pacientes também estimulam o convívio em grupo e servem como inspiração para que os usuários tenham uma renda extra.

“Não trabalhamos com produção, então terão semanas com mais peças e em outras menos, mas vale reforçar que o dinheiro da venda das peças é revertida para eles mesmos e compra de materiais para outras aulas. Hoje a unidade conta com oficina de artesanatos variados, jardinagem, música, entre outras atividades, além dos grupos de convivência e familiares. É de extrema importância dar esse apoio e prestígio ao trabalho desenvolvido por eles, pois é um reflexo da boa resposta ao tratamento oferecido no Caps”, afirma.

O morador da Lagoinha, José Augusto dos Santos, 51 anos, é paciente do CAPS e desde o início do ano frequenta diariamente a unidade participando das atividades oferecidas. Ele confeccionou grande parte dos arranjos de flores e cestos com papel reciclado.

“Para gente está sendo uma experiência muito gratificante pois criamos essas peças como uma forma de esvaziar a mente. A gente quer ter tranquilidade e criando, conseguimos. De repente começa a vir pessoas comprando a nossa arte é algo muito bom e nos estimula a continuar o tratamento e esse trabalho criativo”, disse.

População pode ajudar doando materiais para artesanato

O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) oferece acompanhamento multiprofissional com psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional e assistente social. No local são oferecidos, além do tratamento individualizado, oficina terapêutica, palestras e atividades em grupo.

Atualmente o Departamento de Saúde Mental do município tem cerca de 4.500 usuários com atendimentos mensais e conta com uma unidade de CAPSi – Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil, duas unidades do CAPS – Centro de Atenção Psicossocial e uma de CAPS AD II - Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas.

“Nossa assistência vai além da demanda ambulatorial é um olhar de cuidado com o bem-estar do usuário. Então é preciso agradecer o comprometimento de toda equipe no desenvolvimento e na melhora do quadro de cada paciente. Cada trabalho é desenvolvido de acordo com o perfil do usuário e eles são encaminhados a oficinas que tem aptidão a fazer, crescer e desenvolver”, destaca Viviane Martins, diretora do Diretório de Saúde Mental.

A coordenadora do Caps Cristina de Mello Felix agradece o apoio da comunidade que ajuda a unidade com doações de materiais utilizados nas oficinas de artesanato e reforça a importância do ato de solidariedade.

“Estamos abertos para receber doação de tintas, tecidos, fitas, linhas, agulhas, revistas, jornais, entre outros materiais. Mas também estamos precisando de roupas e kits de higiene pois sempre ajudamos algum usuário com essas demandas, então, toda ajuda é bem-vinda”, convida a coordenadora.