Documento foi elaborado pelo Departamento de Educação e retrata o perfil, papel e atuações do mediador-estagiário na rede municipal
Com a intenção de estabelecer diretrizes para a atuação do mediador-estagiário pedagógico no espaço educacional, a Secretaria de Educação elaborou um manual com as orientações necessárias para os estagiários que atuam na rede auxiliando os alunos com deficiência. O documento foi apresentado para a equipe técnica da Secretaria de Educação durante um encontro realizado nessa quinta-feira (14.12) no Centro de Referência em Educação Inclusiva João Pedro de Souza Rosa – CREI. Atualmente, 160 estagiários, matriculados nos cursos de pedagogia, psicologia e licenciaturas, realizam esse tipo de trabalho. Eles são responsáveis pelo apoio pedagógico ofertado a 1.100 alunos que estudam nas escolas municipais no sistema de inclusão.
De acordo com o Departamento de Educação Especial, responsável pela elaboração do documento, a “mediação escolar” é uma prática recente e, portanto, ainda não conta com uma vasta bibliografia que ajude a definir seus norteadores, parâmetros e objetivos. O conceito de mediação na Educação Especial vem sendo constituindo por meio de experiências e reflexões em alguns países da Europa e, mais recentemente, no Brasil a partir da implementação da Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, promulgada no ano de 2008.
O enfoque do manual está fundamentado nos direitos humanos e é favorável à educação inclusiva de qualidade que satisfaça as necessidades básicas de aprendizagem e que enriqueça a vida dos educandos. “O trabalho norteará o trabalho desses mediadores-estagiários nas escolas da rede. É um passo importante para a rede municipal que já desempenha um trabalho muito eficiente no atendimento aos alunos da inclusão. O documento será distribuído nas escolas e ficará disponível no site da prefeitura, para que as famílias também possam conhecer as atribuições desse estagiário”, explicou o secretário de Educação, Anderson Juliano.
Os mediadores-estagiários são responsáveis pelo apoio pedagógico das crianças, auxiliando os alunos a criar suas próprias ferramentas para usufruir do espaço da escola de forma independente, possibilitando a vivência e experiência de autonomia. Eles são a ponte entre o aluno e suas relações: professores, colegas e o próprio aprender.
“Esse documento começou a ser elaborado em 2016, a partir da devolutiva dos próprios estagiários. Foi elaborado por várias mãos e a intenção é de que toda a rede tenha acesso a ele. Agradeço muito toda a equipe da educação especial que se dedicou na elaboração do manual, traduziram o conhecimento teórico e mostram a importância da existência desse tipo de norteador”, explicou a diretora do Departamento de Educação Especial da Secretaria de Educação, Bianca Caetano.
“É um amparo para esses jovens. Mais uma vez o município se mostra a frente de tantos outros, preocupado coma formação e com a melhor comunicação entre os que atuam nas escolas da rede. É um suporte inovador e será importante inclusive, para pesquisas futuras”, disse a diretora do Departamento de Educação Infantil, Rachel Leão.
De acordo com a subsecretária de Educação, Marcia Palma, esse documento é um diferencial da rede. “O objetivo é o de levar conhecimento não só para os estagiários, mas também para os professores e para as famílias”.
Há no manual explicações de como a medição é realizada no ambiente escolar, seleção e contratação dos estagiários pelas unidades escolares e as atribuições dos estagiários, além das fichas do plano de estágio não obrigatório e relatório de estágio.