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Quinta, 21 Dezembro 2017 18:29

Funcionários da prefeitura participam de curso teórico do “Calçadas Acessíveis”

Grupo que participou de vivência do programa no início da semana conheceram leis e entenderam como elas podem ser aplicadas

Depois de poderem conhecer na prática a realidade vivida por quem enfrenta as dificuldades de acessibilidade em calçadas, um grupo de 14 funcionários de diversas áreas da prefeitura participaram nesta quinta-feira (21.12) de um curso teórico promovido pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). O objetivo foi mostrar para o grupo as legislações que tratam de acessibilidade e como elas se aplicam para solucionar os problemas que eles sentiram na prática na atividade anterior. Com isso, será possível elaborar um manual para nortear a construção de calçadas acessíveis.

O programa “Calçadas Acessíveis” oferece assessoria técnica para montagem deste manual. Ele é realizado pela ABCP ao lado da Firjan e teve adesão de Petrópolis no fim de novembro. De acordo com o arquiteto do escritório regional da ABCP, Luiz Gustavo Guimarães, a realidade encontrada em Petrópolis é semelhante a outras cidades onde o programa já foi implementada: piso inadequado, inclinação excessiva e muitos obstáculos.

“O manual vai surgir justamente para corrigir esses problemas, ele serve para embasar tecnicamente a requalificação das calçadas. Algo que vai ser feito com calma. Aqui estamos mostrando o desenho universal de calçadas, dentro do que determinam as leis, como norma 9050 da ABNT. Com esse material, fica o dever de casa de fazer as discussões e ver quais serão as melhores soluções para Petrópolis”, explicou o representante da ABCP.

Alguns exemplos práticos foram apresentados durante o curso. Na vivência, alguns funcionários da prefeitura comentaram sobre dificuldades em manejar as cadeiras de rodas. Por lei, as calçadas devem ter uma inclinação máxima de 3% – mais que isso, as cadeiras acabam sendo levadas em direção à rua. Também foi explicado sobre o espaço necessário para a passagem de pedestres e apresentados vários exemplos de mau uso da calçada e de soluções de acessibilidade em outras cidades.

A diretora de planejamento urbano da Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica, Layla Talin, foi uma das pessoas que participou da vivência e do curso. Ela ressalta que as duas atividades serviram para mostrar a aplicação das leis e como elas se relacionam com o pedestre.

“Já existem as leis e um corpo legal que trata da acessibilidade, mas é difícil fazer a aplicabilidade delas na prática. A vivência e o curso têm justamente a função de ajudar a fazer o manual, é uma das formas de tornar a cidade acessível para todos”, disse ela.

O curso ainda contou com representantes de CPTrans, Assistência Social, Obras, Educação, Defesa Civil, Gabinete da Cidadania e Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.