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Segunda, 15 Janeiro 2018 19:06

Defesa Civil leva projeto do MPRJ para as comunidades da cidade

Morte Zero tem o objetivo de reduzir o risco de desastres naturais em áreas vulneráveis do Estado

A Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias vai levar as cartilhas do Projeto Morte Zero, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), para as 12 comunidades de Petrópolis que contam com as sirenes do Sistema de Alerta e Alarme. A distribuição acontece em conjunto com o calendário de operações da Defesa Civil, que visita todos os pontos de apoio do município e entrega material com dicas de prevenção aos desastres naturais nas áreas de maior risco da cidade. Nesta terça-feira (16.01), os agentes realizam as atividades no Dr. Thouzet e no Rio de Janeiro, no Quitandinha.

O objetivo do projeto do MPRJ é debater medidas que ampliem a resistência local a variações climáticas extremas e, com isso, evitar mortes decorrentes de acidentes naturais, como deslizamentos e inundações. O trabalho será realizado em 17 cidades do Estado. A procuradora de Justiça, Denise Tarin, apresentou o Morte Zero ao secretário de Defesa Civil e Ações Voluntárias, coronel Paulo Renato Vaz, em uma reunião nesta segunda-feira (15.01).

"A proposta é de integração com as Defesas Civis de todo o Estado. É importante que a gente ouça as experiências dos municípios e trabalhe em conjunto. Quando trabalhamos com uma visão de prevenção de desastres, temos que estar prontos para agir, sobretudo em áreas elencadas como mais vulneráveis, como a Região Serrana", afirmou a procuradora.

Ainda dentro das ações de prevenção, a Secretaria de Assistência Social, em fevereiro do ano passado, apresentou o Plano de Contingência da pasta, em resposta a uma ação movida pelo MPRJ durante a gestão passada (2016) e acolhida pela 4º Vara Civil. Em 2017 foram realizadas ações de capacitação e treinamento em conjunto com a Defesa Civil, como o curso de abrigos temporários, voltado para agentes públicos e voluntários interessados em trabalhar na ajuda humanitária em casos de tragédia. O plano também garante a atuação da Assistência Social em conjunto com a Defesa Civil e Saúde na prevenção, assistência e acompanhamento da população em casos de ocorrências.

Durante o encontro, desta segunda-feira na Defesa Civil, o secretário Paulo Renato destacou que a campanha do MPRJ segue a linha do calendário de operações do órgão municipal, criado para estreitar os laços entre a população e a Defesa Civil.

"O Programa Morte Zero vai ao encontro do calendário de operações que começamos na semana passada e que tem o objetivo de orientar a população sobre como agir quando chove forte. São dicas simples, como a preparação de um kit de emergência, com alimentos, remédios e material de higiene que devem estar em um local de fácil acesso; e também ações preventivas como o conserto de vazamentos em reservatórios e caixas-d’água; não desmatar e confiar nas sirenes do Sistema de Alerta e Alarme, que é a melhor ferramenta de prevenção que município possui", disse o secretário de Defesa Civil.

O secretário destaca a importância da proximidade e do trabalho de conscientização junto a população. “A Defesa Civil recebeu uma série de reclamações de moradores incomodados com o barulho do equipamento, que chegaram a ameaçar danificar as sirenes caso elas fossem acionadas. A campanha vem para mostrar que a sirene é uma aliada dos moradores na preservação de vidas”, pontua.

Paulo Renato explicou também que o órgão municipal modificou o sistema de pontos de apoio do município, com a presença de mais um voluntário em cada local, além da Defesa Civil manter uma cópia da chave de cada espaço, garantindo assim, que o ponto de apoio esteja aberto mesmo que o morador indicado não seja encontrado. “Cadastramos três moradores voluntários em cada ponto de apoio do município. Mesmo assim, caso a gente não consiga contato com eles, mantemos a cópia de uma chave para abrirmos os locais na hora em que for necessário. Desta forma garantimos a segurança dos moradores em caso de qualquer emergência. Nossa prioridade é a segurança, a vida das pessoas”, afirmou o secretário.

Petrópolis conta com 20 conjuntos de sirenes do Sistema de Alerta e Alarme espalhados por 12 bairros do município: Gentio, Vale do Cuiabá, 24 de Maio, Alto da Serra, Bingen, Dr. Thouzet, Independência, Quitandinha, São Sebastião, Sargento Boening, Siméria e Vila Felipe. São 15 pontos de apoio cadastrados na Defesa Civil. Todos os locais recebem a ação do órgão municipal.

 Plano de Contingência abrange secretarias importantes para casos de desastres

Pela primeira vez, e já a partir de 2017, a prefeitura tem um Plano de Contingência que abrange vários órgãos municipais. Estes foi um entendimento da Justiça, em novembro de 2016, ainda na gestão passada, proferido em decisão, depois do Ministério Público identificar que pastas importantes, como a da Assistência Social, não tinham um plano específico de ação em caso de desastres. Ainda no governo de transição, uma equipe passou a acompanhar as audiências judiciais como forma de se preparar para o lançamento de um Plano de Contingência na nova gestão.

“Este plano foi uma das primeiras ações ainda em janeiro de 2017 e englobou as secretarias essenciais como Saúde e Assistência Social. O treinamento dos servidores foi feito antes e é constante”, aponta Paulo Renato Vaz acrescentando ainda que a integração entre os órgãos é fundamental para a celeridade no socorro. “Cada um tem que saber exatamente o seu papel em caso de ocorrência e como atuar de forma imediata para mitigar as consequências”.