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Segunda, 05 Fevereiro 2018 19:15

Secretaria de Saúde e Fiocruz fortalecem parceria para fornecimento de plantas medicinais junto à Estratégia de Saúde da Família

A prefeitura e a Fiocruz reforçaram a parceria para que o município amplie o fornecimento de plantas medicinais para auxiliar na terapêutica dos pacientes assistidos pela Atenção Básica. O Conselho Municipal de Saúde aprovou em 2017 o fornecimento e a Fiocruz entregou ano passado 200 kg de plantas secas aumentando de 10 espécies ofertadas para 47 tipos junto aos postos e unidades de Saúde. A iniciativa faz parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema de Saúde.

Em encontro nesta segunda-feira (05.02), a prefeitura reafirmou junto à direção da Fiocruz o compromisso de retomar o convênio da entidade com o município para a compra das plantas medicinais direto dos produtores rurais. A equipe da Fiocruz apresentou ainda, o resultado de um Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) desenvolvido em parceria com as equipes do Programa de Saúde da Família (PSFs) que durante o início do ano de 2017 realizaram um trabalho de avaliação da assistência prestada junto às comunidades.

Havia um convênio com a FioCruz em 2012 que foi interrompido devido à dificuldade de adquirir os insumos dos agricultores locais. Agora prefeitura poderá restabelecer o convênio, valorizar os agricultores locais e buscar verba federal para custeio e distribuição das plantas medicinais na rede. O município vai buscar junto ao legislativo a aprovação de uma lei que regulamente esse processo de compra.

A parceria tem como objetivo de levar a conhecimento da população, os meios de prevenção e tratamento que vão além do produto farmacêutico.

A tratativas preconizadas pelo Ministério da Saúde estão a homeopatia, as plantas medicinais e fitoterápicas, a medicina tradicional chinesa/acupuntura entre outros. Recentemente, a Secretaria de Saúde conseguiu a aprovação no ComSaúde para ampliar o fornecimento de plantas medicinais e fitoterápicos aos pacientes do sistema de saúde que já são oferecidos em forma de plantas secas para chás e efusões.

Fiocruz realizou um Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) na rede SUS

A equipe da Fiocruz apresentou o resultado de um Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) desenvolvido em parceria com as equipes do Programa de Saúde da Família (PSFs) que durante o início do ano de 2017 realizaram um trabalho de travessia junto às comunidades.

O resgate da travessia, trabalho das equipes em campo, é um fortalecimento da atenção básica e vigilância em saúde.

Esse é o trabalho que a Secretaria de Saúde pretende fortalecer junto às agentes comunitárias de Saúde. Ir até as comunidades, buscar no território quais os cenários que geram os problemas de saúde. As travessias permitem traçar um diagnóstico a partir do que a população sinaliza que precisa. Por muitas vezes precisará da integração entre outras secretarias como a Assistência, Educação e Obras, para que juntos possa dar as soluções para àquela determinada comunidade.

O diretor da Fiocruz, Félix Rosenberg avalia que é fundamental que o governo promova a integração entre as secretarias já que os determinantes sociais são os fatores ambientais e socioeconômicos que facilitam a exposição ao risco de doenças.

“Discutir a importância das políticas de promoção de saúde junto às secretarias nos permite antecipar à ocorrência de doenças, incidindo diretamente no bem estar da população e reduzindo a carga sobre o custo público, nos níveis assistenciais - Postos de saúde, consultas, internações, diagnósticos, cirurgias, entre outros - e o custo privado da saúde que retira dinheiro gasto para o bem estar familiar para ser aplicado em compra de medicamentos e planos privados de saúde”, disse Félix Rosenberg.

A busca pela intersetorialidade é um desafio e uma meta para o fortalecimento das estratégias de promoção e prevenção de saúde no município.

A ênfase da promoção da Saúde precisa ser fortalecida junto às Equipes de Saúde da Família pelo seu estreito vínculo com as comunidades nos territórios nos quais atuam. Este enfoque incentiva a necessidade da integração intersetorial entre as diferentes áreas de governo, permitindo consolidar as ações de saúde no plano integral de desenvolvimento social e econômico sustentável.