Município já atendeu 80% dos itens de uma ação civil movida em 2010
A prefeitura está adequando o Hospital Municipal Nelson de Sá Earp para melhorar a assistência da população atendida na unidade e cumprindo uma decisão judicial de 2010. Na ocasião foi determinada uma série de itens a serem seguidos para o pleno funcionamento da unidade. Em vistoria realizada no HMNSE nesta sexta-feira (02.03), pelo titular da Vara da Infância e Juventude, Alexandre Teixeira e pela promotora Vanessa Katz, da 2ª Promotoriade Tutela Coletiva de Petrópolis, 80% dos sete itens exigidos na Ação Civil Pública já foram cumpridos.
“As ações estão partindo do próprio sistema, não precisa o Ministério Público provocar para que as coisas funcionem na Saúde. O Hospital evoluiu do ano passado pra cá, ainda há itens a serem ajustados e feitos e vamos determinar um novo prazo real e exequível para que isso ocorra. Petrópolis tem a melhor Saúde de toda região Serrana e podemos melhorar ainda mais”, avalia o juiz Alexandre Teixeira.
A Vigilância Sanitária do Estado também participou da vistoria retomando o checklist realizado em janeiro de 2017, que apontava diversas irregularidades deixadas pela gestão anterior, como caixas d’água que não eram limpas, falta de teste biológico para o Centro de Material e Esterilização (CME), mofo nas paredes e descargas para aparelhos sanitários. Desta vez encontrou o hospital com o CTI reformado, hospital todo pintado, com mais acessibilidade e higiene.
É prioridade do governo manter a qualidade dos atendimentos no HMNSE. Só em 2017 foram realizados 25 mil atendimentos ambulatoriais de ortopedia e 42 mil de urgência. Na clinica médica foram 4 mil atendimentos e 5 mil psiquiátricos. O HMNSE também cresceu com o número de internações com 1.450 e na realização de exames com 66 mil análises laboratoriais, 984 ultrassonografias e 628 ecocardiograma.
Nos primeiros dias, a gestão foi surpreendida com a vistoria da Vigilância do Estado. Este ano eles puderam ver a evolução. Ainda há muita coisa a ser feita, mas a Secretaria de Saúde conseguiu realizar as obras de reparo rapidamente e melhorar a qualidade de atendimento dos pacientes e de trabalho para os servidores.
As intervenções no HMNSE foram finalizadas em julho com ações emergenciais no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e na enfermaria feminina que precisaram de uma impermeabilização nas paredes devido a infiltrações. Com a conclusão desses reparos, foram retomadas as ações de conservação da fachada.
"Reforçamos a parceria com a Comdep na retirada de entulhos, com a Secretaria de Obras e CPTrans com reparos externos e sinalização adequada no estacionamento. Conseguimos um empresário parceiro que custeou toda a obra de manutenção e ainda fizemos a reforma do refeitório que ganhou novas mesas, cadeiras e suqueira. Agora já estamos planejando a obra da cozinha para o quanto antes", anuncia o diretor do HMNSE, Nilson Wayand.
Juiz e Promotora aprovam sala de acolhimento pediátrico
No último dia 28 de fevereiro a prefeitura conseguiu suspender R$ 15 milhões em multa para o município, com a homologação de um plano de ação que prevê assistência pediátrica de urgência e emergência no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp e no Pronto Socorro Leônidas Sampaio. O município terá até 1º de junho para implantar as salas de acolhimento nas duas unidades e um prazo de 180 dias para adquirir duas ambulâncias para transporte das crianças até as unidades de referências – Upas e Hospital Alcides Carneiro.
O titular da Vara da Infância e Juventude, Alexandre Teixeira e a promotora Vanessa Katz, da 2ª Promotoriade Tutela Coletiva de Petrópolis estiveram na sala de acolhimento do HMNSE e aprovaram o espaço.
“O hospital de um modo geral está em bom estado, há muito trabalho a ser feito, de aprimoramento de fluxos, adequação do perfil do hospital, mas evoluímos”, disse a promotora Vanessa Katz.
“Depois de cinco audiências conseguimos a homologação com um projeto viável. Agora o município terá até junho para implantar as salas de atendimento e iniciar a referência dos casos de urgência. Por hora a multa está suspensa e o município cumprindo essas exigências ela será revertida em definitivo. Quem ganha com isso tudo é a população que terá mais agilidade no atendimento dos casos de urgência e emergência das crianças”, avalia o juiz Alexandre Teixeira.