Média de atendimento que era de 300 durante o surto da doença passou para 80 por dia
Atendimentos passam acontecer nas Upas Centro e Cascatinha e nas Unidades de Saúde
O surto de conjuntivite que atingiu mais de 14 mil petropolitanos de janeiro a março deste ano apresentou redução do número de casos em abril. A média de atendimento que eram de 300 pessoas em cada UPA passou para 80 consultas por dia. Devido à redução, a Secretaria de Saúde irá encerrará os atendimentos nos hospitais de campanha localizados nas Upas Centro e Cascatinha, nesta sexta-feira (06.04) e passará a realizar as avaliações médicas dentro das UPAS e também nos postos e unidades de Saúde do município.
Nesta sexta-feira (06.04), as unidades mantiveram atendimento médio de 60 pessoas por dia. A evolução da doença foi entre fevereiro a março. Na unidade do Centro em fevereiro foram 461 casos e em Cascatinha 643. No auge do surto, em março – período de maior incidência da inflamação devido ao verão, 11.687 pessoas foram atendidas nas Unidades de Pronto Atendimento do Centro e Cascatinha. Devido ao grande número de pacientes com a inflamação, a prefeitura montou dois Hospitais de Campanha - O primeiro na UPA Centro em (14.03) e o segundo na UPA Cascatinha em (22.03).
A prefeitura buscou, em março a instalação de dois hospitais de campanha, com parcerias com os Bombeiros e com o Exército como forma emergencial garantindo a segurança dos pacientes e sem gerar risco de contágio a pacientes com outras doenças. Com essa redução de casos, os atendimentos nas UPAS continuará prioritário com um médico atendendo apenas casos de conjuntivite e com reforço da Atenção Básica com os profissionais dos postos também realizando esse diagnóstico.
A Secretaria de Saúde explica que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) estabeleceram atendimento prioritário para pacientes com conjuntivite no dia 27 de fevereiro e que o sistema de avaliação retornará neste sábado (07.04).
A pasta adotou um protocolo especial em que ao chegar às unidades, o paciente passa pela triagem e é encaminhado para uma ala prioritária com consultório destinado a receber pacientes com a inflamação. Reforça que os médicos dos postos e unidades de saúde também estão realizando o diagnóstico e prescrevendo o tratamento.
O superintendente Hospitalar de Urgência e Emergência, Claudio Morgado explica que 90% dos casos de conjuntivite no município estão sendo diagnosticados precocemente e reforça que uma vez diagnosticada com a doença, o paciente precisa manter os itens pessoais e de higiene separado dos demais entes familiares.
“Nós estamos com um saldo positivo de 90% dos atendimentos as pessoas apresentarem a infecção logo no início então a recomendação é mais de higiene das mãos e lavagem dos olhos com soro fisiológico. Vale reforçar o alerta para as pessoas não compartilharem o mesmo colírio e nem se automedicar. Apenas um médico vai poder avaliar a inflamação e indicar o tratamento adequado”, disse Cláudio Morgado.
A médica Marcela Bergamashi Favaralo avalia que a divulgação do serviço foi importante para as pessoas se conscientizarem e buscarem as unidades logo nos sintomas iniciais da infecção. Ela reforça que é importante as pessoas estarem sempre atentas com ardência nos olhos, vermelhidão, secreção, lacrimejamento, pálpebras inchadas e sensação de areia nos olhos. Geralmente, a conjuntivite acomete ambos os olhos e os sintomas podem perdurar por até duas semanas.
“É muito comum ter a contaminação de famílias inteiras com conjuntivite, pois é uma doença transmitida pelo contato. Então é importante que as pessoas não compartilhem toalhas, fronhas e objetos de uso pessoal e busquem atendimento médico logo no início dos sintomas. Quanto mais rápido for iniciado o tratamento mais cedo a pessoa estará curada”, informa Marcela Bergamashi Favaralo.