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Quarta, 30 Mai 2018 19:03

Venda direta de produtos agrícolas continua até domingo

Praça 14 Bis, Hortomercado Municipal e feiras nos bairros até no final de semana

A venda de legumes, frutas e hortaliças na Praça 14 Bis, no Centro, continua até domingo (03.06) segundo o Departamento de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.  Em poucas horas, todos os produtos estão sendo vendidos e maior procura ocorre por parte dos donos dos restaurantes.

O Hortomercado Municipal funcionará normalmente de quinta-feira (31.05) – feriado de Corpus Christi até domingo. A venda direta na Praça 14 Bis também vai funcionar até domingo e as feiras estão mantidas: quinta-feira no Bingen – Rua Henrique Rafard e na Praça Pasteur; Sexta-feira na Rua Francisco Manoel, no Centro; Sábado na Rua Visconde de Souza Franco e domingo no Alto da Serra e Duarte da Silveira.

“Os produtos estão se esgotando em poucas horas, tanto na Praça 14 Bis quanto no Hortomercado Municipal. A venda direta facilitou a vida das pessoas que estão em busca de legumes e hortaliças e principalmente dos restaurantes que precisam abastecer os seus estoques para atender a clientela. Todas as feiras estão mantidas e acreditamos que, aos poucos, a situação será normalizada”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Fiorini.

No Hortomercado Municipal as vendas nessa quarta-feira ocorreram em tempo recorde: cerca de duas horas. Segundo o diretor do Departamento de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, José Maurício Soares, a oferta no local aumentará com a abertura do Horto no feriado. “A venda rápida mostra que as pessoas estão à procura dos produtos da nossa cidade o que ajuda o produtor a escoar a produção que ficou parada durante a semana. O Horto vai funcionar no feriado e até o fim de semana para atender a demanda da população”.

Restaurantes compram direto com produtores

Nessa quarta-feira (30.05) os produtos que chegaram na Praça 14 Bis foram separados e enviados para restaurantes. José Roberto Martins é produtor de hortaliças no Caxambu. Para complementar a venda nas feiras em que participa – Centro e Alto da Serra, José Roberto busca mercadorias em Minas Gerais. Ele trouxe dois caminhões com legumes como couve flor, tomate e pimentão, mas, não chegou a montar a barraca para a venda: todo o carregamento foi comprado por restaurantes.

“Trouxe aproximadamente 600 quilos de produtos e os restaurantes entraram em contato e fizeram os pedidos. Uma parte será separada e ficará a venda na Praça 14 Bis na quinta. Felizmente estamos correndo atrás do prejuízo. Essa semana foi muito complicada. O prejuízo de uma semana sem conseguir escoar a produção é incalculável”, disse José Roberto.

Braulio Azevedo é feirante há 20 anos. No Bonfim, onde ele mora, há  cultivo de hortaliças. Como José Roberto, ele também compra legumes e frutas de terceiros para complementar a venda nas feiras. “Consegui encomendar alguns produtos, como tomate, abóbora e couve flor para garantir a venda nas feiras e não deixar os meus clientes na mão. Ainda estamos encontrando dificuldades para encontrar frutas, como banana, mas acredito que aos poucos a situação vai normalizar. O importante é que os clientes saibam que as feiras vão funcionar normalmente”.

Adelson Figueiredo é proprietário de quatro restaurantes. Ele comprou de José Roberto cerca de 200 quilos de legumes. “Tivemos que adaptar o cardápio e usamos tudo o que tínhamos no estoque, agora, estamos conseguindo comprar com os produtores da cidade uma parte dos produtos. É um respiro e nos ajuda a manter as vendas”, contou.

Demanda faz agricultores do Caxambu venderem produtos em casa

Com a greve dos caminhoneiros, os produtores agrícolas do Caxambu, também foram prejudicados com a falta de combustível nos últimos dias. A grande demanda, junto à necessidade de vender as verduras com rapidez, para que não houvesse mais prejuízo, alguns agricultores começaram a vender os produtos no próprio local de cultivo e até mesmo em suas residências.

 O produtor agrícola José Carlos Farroco Vieira, contou que as pessoas estão indo até o Caxambu para adquirir os produtos. “Estou vendendo aos poucos. Ainda não tenho combustível para sair. Esta semana, já vendi tudo o que eu colhi, para pessoas que vieram até a minha casa. Eu ainda tenho muita coisa para colher e preciso vender ainda essa semana, para não ter prejuízo”, disse o produtor.