Equipamento está sendo utilizado em conjunto com órgãos ambientais para o monitoramento de áreas sensíveis aos incêndios florestais
A Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias continua auxiliando os órgãos ambientais no monitoramento de áreas sensíveis aos incêndios florestais. Nesta segunda-feira (11.06), em conjunto com a brigada de incêndio do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), foi realizado o sobrevoo da área de conservação no Caxambu. As imagens geradas pelo equipamento foram entregues aos brigadistas do Parnaso, que a partir de agora, fazem o mapeamento e os estudos necessários da região. A ação faz parte do Plano Inverno de Petrópolis 2018, organizado pela prefeitura, com o objetivo de reduzir o número de focos de incêndios florestais na cidade, além de estabelecer um plano de ação para agilizar a resposta às ocorrências.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN-RJ) apresentou no ano passado um estudo em que indicava o Caxambu como uma área de alto risco de incêndios florestais. Os trabalhos antecipados, com o apoio do drone, permitem às equipes conhecer melhor a região, possibilitando uma rápida atuação no combate ao fogo. O sobrevoo já foi realizado no Vale das Videiras, em Araras, e no Bonfim, em Corrêas. O calendário de operação da Defesa Civil prevê a ação no Brejal, em Itaipava e Cascatinha.
“Entramos no período de estiagem e o nosso foco é contra a ameaça de incêndio florestal. Dessa maneira, o sobrevoo com o drone em regiões mais sensíveis é uma ação integrada à proposta pelo Plano Inverno de Petrópolis, que prevê a antecipação aos desastres nos seus momentos mais críticos. Os próprios brigadistas do Parnaso solicitaram a operação no Caxambu, devido ao sucesso do trabalho em conjunto que fizemos no Bonfim", explica o secretário de Defesa Civil e Ações Voluntárias, coronel Paulo Renato Vaz.
Em 2014, um incêndio florestal de grande proporção consumiu 1.840 hectares da área do Parque Nacional, o equivalente a 9,2% de toda a unidade de conservação. Foi a maior queimada registrada desde a criação da unidade, em 1939, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em todo o ano passado foram registradas 19 ocorrências de queimadas no Parnaso. Por ser um bairro agrícola, a preocupação dos brigadistas é ainda maior.
“As queimadas são comuns no Caxambu, por causa do grande número de agricultores dessa região. No mesmo dia em que realizamos a operação no Bonfim, solicitamos o sobrevoo por aqui, já que é uma área de grande preocupação nossa”, explica Gabriel Cattan, Analista Ambiental do Parnaso, elogiando a parceria com a Defesa Civil.
"Já existe o trabalho feito por satélite, mas com o drone, ganhamos na qualidade da imagem, na aproximação, nos detalhes do mapeamento. O apoio da Defesa Civil é de grande ajuda. Com as imagens, conseguimos ter um arquivo histórico, ano a ano, das possíveis mudanças das nossas áreas de proteção", completa Gabriel.
A ação faz parte do eixo operacional do Plano Inverno de Petrópolis 2018. Dados do 15° Grupamento de Bombeiro Militar comprovaram a eficácia do plano no ano passado: foram registrados 116 casos de fogo em vegetação contra 150 em 2016. O trabalho preventivo estabelece ações de resposta para agilizar o atendimento às ocorrências e minimizar os efeitos das queimadas.
“Com o trabalho em conjunto, podemos estudar os locais e ver, antecipadamente, como devemos atuar para combater um incêndio que venha atingir uma área de difícil acesso. Estes estudos são importantíssimos e vêm a contribuir demais com os nossos planos, que já obtiveram resultados excepcionais no ano passado”, destaca Paulo Renato.
Além do trabalho operacional antecipado e de resposta, estão previstas ações em conjunto com a Secretaria de Assistência Social (SAS) dentro do eixo humanitário do Plano Inverno 2018 de Petrópolis. Assim como no ano passado, os órgãos participam de reuniões setoriais para a elaboração das matrizes de responsabilidades para organizar as ações de prevenção aos incêndios florestais e estiagem.