Projeto ‘Gingando com as letras’ já tem 200 alunos 

A preparação começa com um aquecimento. Depois, os alunos do 3º período do CEI Maria Thereza Kling prestam atenção na música e no som do pandeiro e do berimbau. A cantoria anima a turminha para a aula de capoeira. Prestando atenção em cada comando do professor, os alunos começam os exercícios e aprendem, de forma lúdica, a história da capoeira, declarada patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A arte foi criada pelos negros como forma de preparação para as fugas. O tempo passou e a paixão pela arte cresceu. Não importa a idade: crianças, adolescentes e adultos apaixonados pela capoeira não deixam de praticar o esporte. Nesse mês as aulas chegaram nos Centros de Educação Infantil através do projeto “Gingando com as Letras”. Nos cinco CEIs, mais de 200 crianças já estão praticando o esporte semanalmente.

“A rede municipal já conta com aulas de capoeira em seis unidades escolares. São 550 alunos beneficiados. As aulas também ocorrem no Centro de Referência em Educação Inclusiva onde 150 alunos atendidos na modalidade de educação especial participam das aulas. Agora estamos comemorando a chegada da capoeira nos Centros de Educação Infantil, que atendem as crianças menores, de até cinco anos. O ensino aliado a pratica esportiva é um ganho para essas crianças e os resultados poderão ser observados no desenvolvimento desses pequenos alunos. Estamos muito felizes com essa novidade”, disse a secretária de Educação, Samea Ázara.

A novidade chegou aos Maria Thereza Kling, A Sementeira, Escola Municipalizada de Educação Infantil Frei Aniceto, Deia Lucia, Dona Esperanza de Bourbon de Orleans e Bragança. As aulas estão sendo ministradas pelo professor Ricardo Ambrósio Filho, graduado Kako, do grupo Abadá Capoeira.

Segundo Kako, os benefícios da capoeira para as crianças menores são inúmeros. “Difunde o valor da defesa e não do ataque, ajuda na formação moral, desenvolve e amplia a cognição, desperta a curiosidade infantil, promove o desenvolvimento físico, estimula o controle emocional e combate as inibições”, explica kako.

Além disso, ajuda a liberar a tensão. “Aumenta a flexibilidade e condicionamento, além de melhorar na coordenação motora e autoconfiança. As crianças estão adorando! Eles ficam animados e as aulas são muito agradáveis. Para eles é uma diversão. Destaco também o uso da musicalidade e ritmo que ajudam no equilíbrio e coordenação”, conta Kako.

 A diretora do CEI Maria Thereza Kling, localizado no Cândido Portinari, Célia Cristina Gall Fernandes, disse que a novidade foi muito bem aceita pelos 23 alunos do 3º período.

“Toda atividade física é muito benéfica para as crianças. Ajuda tanto na coordenação motora e no treinamento do parar e correr, quanto no companheirismo. Eles estão fazendo o exercício e prestando atenção nos colegas, aprendendo a fazer junto as atividades”.