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Quarta, 27 Mai 2015 06:58

18 anos da Serenata Imperial

Apresentação com direito a bolo de aniversário

Apreciada pelos amantes das belas canções do nosso cancioneiro popular, a Serenata Imperial atinge este ano a maioridade, com direito a bolo de aniversário e muita cantoria. É a edição desta semana que acontece no dia 28 de maio, às 20h, com entrada franca, no Palácio de Cristal, para comemorar os 18 anos de uma trajetória bem sucedida e consolidada. O grupo Acadêmicos da Seresta, de Matias Barbosa/MG fará uma participação especial na apresentação. A Serenata Imperial é um projeto realizado pela Prefeitura de Petrópolis por meio da Fundação de Cultura e Turismo, sob a coordenação de Odi Flávio e Vera Simas desde 2005.

A comemoração dos 18 anos vai receber na platéia, além dos petropolitanos, visitantes de Caxias e Niterói. No repertório destacam-se “Rosa de maio” de Custódio Mesquita e Ewaldo Ruy; “Última Inspiração” de Peter Pan; “Samba em Prelúdio” de Baden Powell e Vinícius de Moraes; “Por causa de você” de Tom Jobim e Dolores Duran; “As rosas não falam” de Cartola e muito mais. Um banner com fotos dos grupos de anos anteriores será exposto durante a apresentação, podendo os antigos integrantes matar as saudades.

A Serenata Imperial foi criada em 1997 e coordenada por Wilson Fagundes até 2004. Inicialmente se apresentava em diversos locais públicos da cidade, até que se fixou no Palácio de Cristal toda última quinta-feira do mês, às 20h, sempre com entrada gratuita.

Com 20 integrantes entre cantores e instrumentistas, o grupo da Serenata Imperial se apresenta ainda em eventos públicos e particulares em Petrópolis, bem como já fez sua seresta em Três Rios, Teresópolis, Nova Friburgo, Rezende e em São Paulo. Nas apresentações mensais em Petrópolis, o público é recepcionado com um livreto contendo as letras de todas as músicas que serão executadas naquela apresentação, permitindo uma participação total da platéia. Edições especiais nos meses de Carnaval e Natal também compõem a agenda do grupo.

“Ao longo dos anos fomos desenvolvendo uma comunicação maior com a platéia e hoje fazemos uma bela interação com o público, promovendo maior animação das apresentações. Fazemos um repertório com canções animadas e um andamento mais aquecido” –conta Odi Flávio Simas. Entre os integrantes da Serenata, em sua maioria gente madura, está o jovem Laio Simas, hoje com 21 anos de idade, mas que desde os 6 anos toca cavaquinho no grupo. O Projeto Serenata Imperial integra o mapa de Cultura do Estado do Rio de Janeiro na categoria destaques e em 2013 recebeu indicação ao Prêmio Maestro Guerra-Peixe de Cultura, na categoria Especial, por sua trajetória.                   

Para quem quiser ir aos ensaios e possivelmente entrar para o grupo, eles acontecem no Centro de Cultura Raul de Leoni, na praça Visconde de Mauá, 305, Centro, tel: 2233-1202 e para as apresentações o Palácio de Cristal fica na rua Alfredo Pachá, s/nº, Centro. Mais informações pelo Disque Turismo: 0800 024 1516.

Vem despertando entusiasmo a exposição de José Filho na Galeria Van Dijk, do Centro de Cultura Raul de Leoni. Robôs, motocicletas, bicicletas, aviões e helicópteros; objetos como mesas, castiçais, porta-retrato;  reproduções de guitarras, piano ou figuras de inesperada leveza, como uma bailarina, uma borboleta e outros animais, compõem a mostra “Nada se Perde, Tudo se Recicla”, promovida pela Prefeitura de Petrópolis por meio da Fundação de Cultura e Turismo, e surpreendem os visitantes pela criatividade, perfeição na montagem e beleza, em contraste com os materiais brutos com que são esculturados. Os objetos são feitos com  peças descartadas de bicicletas e de máquinas diversas, como motores de automóveis, motos, cortadores de grama ou lavadora, além de torneiras velhas, sifão, ferramentas, telas e o que mais cair nas mãos do artista em termos de peças metálicas. Elas são unidas com solda elétrica ou solda Oxigênio, e muita criatividade. Adultos e crianças se igualam na admiração diante das 53 peças expostas.


“Eu amei”, exclamou o menino Gabriel Maia de Souza, de 6 anos, que visitou as exposições do Centro de Cultura no último fim de semana, em companhia da mãe, Juliana, e do irmão de 10 anos, Gustavo. “É muito maneiro, não tenho palavras para falar”, afirma Gabriel. Para Gustavo, valeu até performance: pouco depois de entrar, ele fez o gesto de levantar o queixo com a mão para fechar a boca. “É muuuito maravilhoso”, disse. A mãe esclarece que leva os garotos ao Centro de Cultura todos os sábados, para trocarem, na Biblioteca Gabriela Mistral, o livro que retiram para ler. “Nessa idade, é sempre bom a gente estimular as crianças em relação à Cultura”,  lembra Juliana. E acrescenta: “a gente sempre aproveita para ver as exposições que são abertas nas galerias, a cada mês. Mas a esta vamos voltar, com certeza. Independente da vontade deles, que vão querer isso, eu também quero ver de novo. É um trabalho diferente, já tinham me informado sobre ele, mas não sabia que ia ser tão impactante!”


O ARTISTA


Esta é a primeira exposição do artista, que começou a criar suas peças há cerca de quatro anos. Dono de uma oficina de estofamento automotivo, José Filho do Nascimento estava acostumado  a observar as peças dos veículos. A inspiração para a arte veio de uma viagem à Argentina, onde se encantou com uma miniatura de moto feita de sucata. “Quis comprar, mas custava R$ 1.200 reais! Então me prometi construir uma para mim.”


Promessa cumprida, nasceu a primeira moto e o artista não conseguiu mais parar. Na exposição estão presentes 22 delas, de todos os tamanhos e formas. “Não tem uma única igual à outra”, ele ressalta. Das motos, foi passando a outros objetos. Ele começou a colecionar peças descartadas por outras oficinas, a pedir para os conhecidos e às vezes, até a recuperar alguma que vê no lixo. “Minha oficina de estofador parece até um ferro-velho”, diverte-se. “Sou muito detalhista, quando acho necessário vou substituindo nos trabalhos uma peça por outra que fique mais harmônica. Às vezes demora, como este cachorro que está aqui. Não encontrei a solução final, está meio indefinido. Mas ainda vou descobrir.”


Nem todas as peças que produz ele vende. “Eu me apego a elas, tenho muita dificuldade de me separar do que produzo. Mas sou obrigado a me desapegar de muitas, porque não tenho como manter tudo em minha casa.” Das que estão catalogadas para venda na exposição, há preços desde R$50,00 (um castiçal) a R$ 1.000, preço cobrado por uma mesa lateral com tampo de vidro e pé central, com um design de surpreendente leveza.

Um grupo de seresteiros apaixonados por canções memoráveis que guardam no romantismo uma parte significativa da cultura musical brasileira. Assim é definido o Petrópolis em Serenata, que nesta quinta-feira, dia 28, se apresenta no Quitandinha a partir das 19h. O roteiro tem início na Rua Paraná, passando pela Rua Macaé e Rua Santa Catarina, terminando no Posto de Saúde. Esta edição vai homenagear o compositor Orestes Barbosa, um dos grandes letristas da nossa MPB. O  projeto é promovido pela Prefeitura de Petrópolis, por meio da Fundação de Cultura e Turismo.

O Petrópolis em Serenata, que comemorou 14 anos em abril desse ano, faz parte do calendário permanente de eventos da FCTP e leva aos moradores de Petrópolis as belas melodias do cancioneiro popular. As apresentações acontecem todo mês em num bairro diferente da cidade, a partir das 19h, sempre homenageando um poeta ou compositor. As próximas edições serão no dia 25 de junho no Centro Cultural Estação Nogueira, e no dia 23 de julho na Vila Operária em Cascatinha.

No repertório da apresentação no Quitandinha, sucessos de Orestes Barbosa como “A mulher que ficou na taça”, “Chão de estrelas” e “Serenata”, canções de Noel Rosa como “Queixumes”, “Último desejo” e “Filosofia”, além de outras composições como “Ontem ao luar”, “Lágrimas”, “Vingança”, “Petrópolis em Serenata”, “Negue”, “Nervos de aço”, “E o destino desfolhou”, “Ave Maria” e “Saudades de Ouro Preto”.

Nesta edição participam os seresteiros Alberto Magalhães, Geralda Nascimento e Zilda Helena; os músicos Badeco no cavaquinho, Carlos Gil no violão seis cordas e José de Araújo no violão sete cordas. Alberto Magalhães e Geralda Nascimento também são os padrinhos dessa apresentação, sendo o posto de madrinha de honra ocupado por Maria Estela Kubitschek Lopes. A poetisa é Neuza Cerqueira, sob a coordenação de José Lacerda e com o apoio de Solange Azevedo.

O prefeito Rubens Bomtempo, acompanhado de secretários municipais, deu início nesta segunda-feira (25/5) a um novo mutirão de serviços, desta vez na Vila São José, no Centro. A região, que tem aproximadamente 800 moradores, será beneficiada com serviços de capina e limpeza, operação tapa-buracos, reforma da quadra e melhorias na iluminação. Ainda pela manhã, equipes da Prefeitura iniciaram uma varredura na comunidade, conversando com moradores e identificando as principais demandas.

As ações fazem parte do Pacto Social Local, uma iniciativa da Prefeitura que tem como objetivo melhorar as comunidades, com intervenções na infraestrutura e ações culturais, educacionais, de saúde e sociais, resgatando, assim, a autoestima dos moradores. “O Pacto Social Local chega com objetivo de reduzir a distância entre os moradores e o governo. Juntos, verificamos, na própria comunidade, ao lado das famílias que vivem ali, as principais demandas e verificamos o que é possível ser feito. É uma ação de cidadania, de inclusão social”, destacou o prefeito Rubens Bomtempo.

Ontem mesmo equipes deram início à pintura da sede da Associação de Moradores. O Centro de Inclusão Digital também terá melhorias. “Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para melhorar a vida dos moradores, em especial as crianças e os idosos”, antecipou o prefeito. As ações do Pacto Social Local seguem o exemplo de outras iniciativas da Prefeitura em regiões como Madame Machado e, mais recentemente, a comunidade Oswaldo Cruz.

Fundadora da comunidade, Lourdes Petronilho comemorou a realização do mutirão na região. “Nossa comunidade precisava deste olhar mais atento. Com a quadra reformada, as crianças terão um espaço melhor para brincar, ocupar o tempo livre. Isso ajuda a afastá-las das drogas”, lembrou.

Os sons da banda canadense Rush ecoaram no Palácio de Cristal no último sábado, 23 de maio, pelas mãos e voz de um grupo formado por cinco respeitados músicos petropolitanos. Com sua interpretação, eles fizeram vibrar fãs do Rush, de todas as idades, que compareceram em peso ao espetáculo “Closer to the Rush – a Tribute”, que foi a atração oferecida neste mês pelo projeto Som e Cristal, desenvolvido através da parceria entre o Conselho Municipal de Cultura, a Prefeitura de Petrópolis, por meio da Fundação de Cultura e Turismo (FCTP), e o Sesi Cultural. O show, um dos selecionados por uma comissão de pareceristas no início do ano para compor a programação do Som e Cristal 2015, colocou ao lado de ritmos como o chorinho, MPB, jazz, blues e música erudita, o rock de uma das bandas mais respeitadas entre os próprios músicos, pela alta qualidade musical.

O grupo petropolitano foi formado pelo baterista André Amom (que fez trabalhos na Europa e tocou com Jorge Vercillo e Claudio Zoli), o guitarrista Marco Lima (que tocou em turnê pela Europa com Chris Duran), o baixista Edu Kozlowscky (que atuou com Dicró e Elson do Forrogode), o tecladista Vinny Miranda, que também tocou com Chris Duran) e o vocalista Gus Monsanto, que já integrou as bandas Adagio, na França e Revolution Renaissance, na Finlândia. Eles executaram as músicas que compõem o show “R 40”, que a banda canadense está apresentando em turnê comemorativa de seus 40 anos de existência e sucesso.


ENTUSIASMO

“Vi uma apresentação cover do Rush no Rio, e esta está bem melhor”, exclamou o médico Júlio Xerfan, de 41 anos. Morador do Rio de Janeiro, ele veio com sua mulher, Tatiana, apenas para conferir o show. “Já estamos voltando agora, mas valeu muito a pena ter subido a serra”, confidencia. E explica seu entusiasmo: “A música do Rush é complexa, muito elaborada. É formada por apenas três integrantes, mas o cover exige cinco músicos para fazer o trabalho dos três! E têm de ser muito bons!”

“Eu até me surpreendi ao ver que músicos da cidade iriam fazer esse tributo”, declara Marcus Vinícius Lopes de Lima, consultor de vendas de 36 anos, de idade. “O Rush não é fácil de tocar, eles têm muita cultura musical e uma obra bem diversificada, exige muita técnica e experiência dos músicos. É difícil encontrar aqui quem se atreva a fazer isso, e esta banda, no palco está ótima! Todos têm muita experiência. E assistir a isso no Palácio de Cristal dá um clima especial, bem no coração da cidade!

O vocalista Gus Monsanto confirma o desafio enfrentado pelo grupo no projeto: “A execução do Rush é muito difícil, dá muito trabalho para a gente. O canto do Rush não é comum, é bem atípico para o estilo de música. Eu nem tento cantar como o vocalista deles. Quando canto, canto da minha maneira.”

“Acho que houve uma boa junção, o guitarrista é muito bom, o vocalista é muito bom, os músicos são de primeira”, disse Margareti Busatto, de 39 anos, frequentadora de shows de rock e grande fã da banda Rush. Estou adorando, e revivendo várias boas lembranças ligadas ao som do Rush na minha vida.”

No próximo mês, o Som e Cristal trará um show romântico, no clima do Dia dos Namorados, com a cantora Mariza Sorriso. “Na Flor da Paixão: Canções e Poemas” será apresentado no dia 13 de junho, com entrada franca.

Petrópolis esteve presente neste final de semana em uma das feiras de turismo mais importantes da América Latina: a 21ª BNT Mercosul – Bolsa de Negócios Turísticos, realizada no Centreventos de Itajaí, Santa Catarina, nos dias 22 e 23 de maio de 2015. A Prefeitura, através da Fundação de Cultura e Turismo, numa parceria com o Petrópolis Convention & Visitors Bureau e a Cervejaria Bohemia, participou com estande institucional divulgando o destino para os quase sete mil participantes, segundo números oficiais do evento.

Circularam pelo local agentes de viagens, Guias de Turismo, operadores de turismo, empresários e imprensa especializada, e o interesse por Petrópolis foi enorme: novidades como o Aplicativo Petrópolis, a Rota Cervejeira, atrativos turísticos e culturais, compras, eventos do nosso Calendário de Eventos Turísticos e Culturais, entre outros.

Representando nossa cidade, Raquel Neves da FCTP e Leila Francisco do PC&VB, divulgaram a cidade entre os principais destinos turísticos do país. Foram distribuídos ao público da feira ecobags da Cervejaria Bohemia com material de divulgação de Petrópolis. A expectativa é que a cidade possa receber ainda mais turistas e que eles possam também se hospedar, podendo assim, aproveitar as belezas que a Cidade Imperial tem a oferecer.

O público desta edição veio de 20 estados brasileiros e de mais cinco países: Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai e Uruguai. Foram 483 empresas expositores, em 131 estandes. A 21ª BNT Mercosul contou ainda com 42 grupos de famtours.

Petrópolis encantou no último sábado, 23, um grupo de cariocas em visita cultural à cidade. Composto por 26 estudantes do curso de Pedagogia das Faculdades Integradas Simonsem, os universitários buscavam nossas riquezas históricas como forma de enriquecimento cultural e de complementação do currículo escolar, mas a maioria acabou descobrindo uma cidade que despertou seu entusiasmo, e à qual prometem voltar. Recebidos logo pela manhã no Centro de Cultura Raul de Leoni, puderam conhecer os recursos desse equipamento cultural, que os surpreendeu positivamente, e as atividades ali desenvolvidas pela Prefeitura de Petrópolis, por meio da Fundação de Cultura e Turismo. Mas a própria chegada à cidade já os seduziu com sua paisagem e clima, como relataram vários dos visitantes.

Andrea Alves Nunes da Silva, estudante do 7º período, foi a organizadora da caravana. Ela já era fã da cidade, mas mesmo assim o passeio ainda trouxe surpresas. Ela não conhecia o Centro de Cultura, que não havia sido incluído no roteiro da viagem quando aqui esteve pela primeira vez num passeio como este, em 2012. “Amei tanto Petrópolis que pouco depois voltei com meu marido, para comemorarmos aqui, só nós dois, nosso aniversário de casamento. Passei um fim de semana muito gostoso, é uma cidade romântica e muito linda, encantadora!” O retorno, desta vez, teve principalmente um objetivo didático, para complementar créditos escolares com atividade extracurricular, e para conhecer mais a cidade, ampliando o repertório cultural. “Quanto mais nos enriquecermos culturalmente, melhor será o trabalho com nossos alunos”, diz ela, que além de estudante é também professora.  “Aqui tem obras importantes, que agregam conhecimentos e têm a ver com nossa história, é enriquecedora. E a cidade é maravilhosa, eu amo, de verdade!”

O grupo conheceu a Biblioteca Central Municipal Gabriela Mistral, as três galerias de arte e o Espaço Alternativo, que estão recebendo quatro exposições. “Adorei tudo: o ambiente, a biblioteca, as galerias, as artes”, diz Daiana dos Santos Cerqueira, estudante do 6º período. Ela ressaltou a admiração despertada pela exposição coletiva Preto - Branco - Cinza, na Galeria Djanira, e, principalmente, a mostra “Nada se Perde, Tudo se Recicla”, do artista José Filho. “Estou chocada! Nunca vi tanta criatividade”, exclamou ao entrar na Galeria Van Dijk. “Aqui eu vejo como a mente humana pode chegar num patamar tão alto de inteligência, de criatividade. E com materiais do dia a dia, a que a gente não dá nenhum valor. É maravilhoso”, declarou. Mas ela ressalta o encanto próprio da cidade. “Esta é a primeira vez que visito Petrópolis. A primeira de muitas, se Deus quiser! Quero trazer filho, marido, a família inteira para conhecer a cidade.”

Autores dos nove países de língua portuguesa tiveram suas obras apresentadas na última quinta-feira, 14 de maio, em evento realizado no Centro de Cultura Raul de Leoni. Foi a comemoração do Dia da Língua Nacional, promovido pela Prefeitura de Petrópolis por meio da Fundação de Cultura e Turismo, em parceria com a Fundação Casa Lygia Bojunga, que funciona em Pedro do Rio. Com leitura dramatizada de poesias e contos na Sala Infantil da Biblioteca Municipal Central Gabriela Mistral, crianças e adolescentes do projeto Paiol de Histórias, da fundação de Pedro do Rio, encantaram uma plateia formada por crianças e adultos, com destaque para alunos convidados da Escola Germano Valente, Morin.

Os textos apresentados são extraídos do livro  “Poemas em Língua Portuguesa para Crianças e  Adolescentes” editado em Portugal, à venda em livrarias do Rio de Janeiro. Ele reúne versos compostos pelo português Luís de Camões aos de autores de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné, Guiné Bissau, Moçambique e Timor Leste, além do Brasil. Muito aplaudidas, as crianças apresentaram, em seguida, poesias do escritor brasileiro José Santos, divertindo a todos. O livro “Quadrinhas para Miúdos”, escrito por ele, traz versos em torno de palavras utilizadas em Portugal, onde o brasileiro viveu muitos anos, totalmente desconhecidas para os brasileiros.

A professora Francisca Valle, criadora do projeto Paiol de Leituras, fala sobre a iniciativa: “Nosso objetivo é formar leitores, lendo. E lendo literatura.” Ela explicou que a maioria dos integrantes são filhos de pais analfabetos, que não têm acesso aos livros. Eles freqüentam o projeto no contraturno escolar e, além da leitura e das apresentações em outros locais, eles também são levados a  passeios culturais, como o salão do livro, bibliotecas e eventos ligados à área.

O DIA DA LÍNGUA NACIONAL E A SEMANA NACIONAL DOS MUSEUS

Ao abrir o evento, a professora lembrou que a comemoração também integrava a programação da Semana Nacional dos Museus e chamou a atenção para a aplicação do tema proposto à cultura.“O tema da Semana dos Museus é a Sustentabilidade. É importante que todos aprendam mais sobre coisas como cuidar do meio ambiente isso e ter atitudes guiadas pela sustentabilidade. E também que compreendam que, dentro dessa perspectiva, é preciso pensar na sustentabilidade para os bens culturais, pois eles igualmente são necessários à sobrevivência humana. Dentre eles, o mais necessário é a língua, que liberta e une os povos. Não vamos deixar que outros países imponham sua língua e mudem nossa cultura.”

A ALEGRIA DAS CRIANÇAS

Gabriel Lobo da Silva tem 12 anos e frequenta o projeto há um ano. Ele se apresentou com o grupo pela terceira vez e falou da alegria que sentiu. “É muito legal estar aqui. Faço parte do projeto porque gosto de ler, e de fazer os outros se divertirem também, nas apresentações.” Ele avalia que o Paiol de Histórias o ajudou a se tornar um aluno melhor. “O projeto mudou minha vida porque aprendi a ler mais ainda, e a fazer teatro.”

Para os alunos da Escola Germano Valente, do Morin, que foram convidados a comparecer ao encontro de leitura, a experiência também agradou.   Tainá Vieira, de 12 anos, aluna do 6º ano, conta que descobriu o prazer do livro na leitura dramatizada. “Foi muito bom, porque muita gente não sabe ler bem e aprendeu que ler é legal.”

Após o evento, as crianças e jovens tiveram direito à visita guiada pelas exposições que estão nas galerias do Centro de Cultura Raul de Leoni. A estudante do 6º ano Ebelin de Oliveira, de 14 anos, ficou especialmente fascinada pela mostra “Nada se Perde, Tudo se Recicla”, de José Filho, que monta esculturas com peças automotivas descartadas. Partes de motor de carros, puxadores das portas e outras peças viram, na mão do artista, robôs, bailarinas, motocicletas, aviões, guitarra etc.  “Adorei a exposição, a gente vê os objetos e se interessa mais em saber sobre reciclagem, e ela nos dá idéia de como montar objetos em casa.”

Considerado um dos principais cartões postais da cidade, o Trono de Fátima receberá um grande pacote de melhorias, com obras no entorno que vão melhorar a acessibilidade na principal rua que leva ao espaço, pelo Valparaíso, e também a sinalização. O investimento, de pouco mais de R$ 400 mil, foi garantido por emenda parlamentar do deputado Hugo Leal, com contrapartida de R$ 66 mil da Prefeitura. A empresa que executará as obras, vencedora de processo licitatório, já foi contratada pelo governo municipal e dará início às intervenções já nas próximas semanas.

“O Trono de Fátima tem uma grande importância histórica, cultural e turística para Petrópolis e, com essas obras, este espaço será ainda mais valorizado. Já tínhamos feito melhorias na entrada deste espaço pelo outro lado, inclusive com uma obra de contenção. Agora vamos fazer intervenções também pelo Valparaíso”, explicou o prefeito Rubens Bomtempo.

Oitocentos metros de ruas de acesso ao espaço receberão novo asfalto e as vias terão a sinalização refeita, incluindo vaga destinada a pessoa com deficiência. Em relação à sinalização turística, serão instalados dois totens com informações sobre o monumento, com textos em português e inglês e também em braile – um próximo ao Trono de Fátima e outro próximo à Congregação Mariana. Estão previstas também outras placas viárias e turísticas.

As melhorias que começam agora se somam às ações iniciadas em 2013, com tratamento especial ao acesso e todo o entorno do monumento histórico. A Comdep promoveu mutirões com serviços de capina, roçada e jardinagem ao longo do trajeto e contou com a ajuda de paisagistas. O local recebeu roseiras e árvores frutíferas, como cerejeiras. Também foram plantadas mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, como as quaresmeiras.

O Trono de Fátima

Idealizado pelo Frei João José – mentor do movimento Mariano em Petrópolis – o Trono de Fátima foi inaugurado em 1947 e está entre os mais bonitos atrativos turísticos da cidade. Localizado no ponto mais alto do bairro Valparaíso, oferece ao visitante uma visão panorâmica da Cidade Imperial. O projeto arquitetônico é de Heitor da Silva Costa, que tem como sua obra mais famosa o Cristo Redentor.

A imagem de Nossa Senhora de Fátima foi esculpida em Pietrasanta, na Itália, pelo escultor Enrico Arrighini. Em mármore branco, sem veias e sem jaça, foi construída em um só bloco de 3,5 metros de altura. Assim, o conjunto, que é fixado sobre uma base com a mesma medida da estátua, atinge 7 metros, o que a torna ainda mais imponente.

Em um plano circular, Nossa Senhora é envolvida por sete colunas que representam os dons do Espírito do Santo. A forma da rotunda é em estilo clássico, inspirado no Pânteon de Agripa, em Roma, mas seu acabamento obedece técnica mais moderna, de concreto com revestimento de vidro dourado.

Sob o monumento, uma cripta de 10 metros de diâmetro abriga a capela onde ocorrem missas no dia 13 de cada mês em homenagem à Santa. Neste dia, uma procissão sai do Teatro Mariano e segue até o trono, onde é celebrada a fé e a devoção a Nossa Senhora de Fátima. A procissão acontece sempre às 19h30, quando a data cai entre segunda e sábado, e às 17h30, se for domingo.

O Trono de Fátima também reserva um espaço para aqueles que buscam a cura e a solução de problemas: a Sala dos Milagres. Lá os fiéis depositam partes do corpo humano em cera, acendem velas e rezam para ter seus pedidos atendidos.

Mantido pela Congregação Mariana, o Trono de Fátima vem passando por várias melhorias. O interior da capela foi pintado e a sacristia restaurada. Os turistas que visitam o local também contam com uma lanchonete e uma loja de artesanato e produtos religiosos.

O secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Simão, esteve na noite de quinta-feira (21/5) na Câmara Municipal para a audiência pública sobre o projeto da Lei da Autovistoria. A proposta da Prefeitura, enviada ao Legislativo em abril, é para levar mais segurança à população, fortalecendo a cultura da prevenção no município em relação às grandes edificações. Pelo projeto, proprietários de imóveis com mais de 500 metros quadrados de área construída ou com grande circulação de pessoas terão que, de cinco em cinco anos, apresentar ao município um laudo assinado por responsável técnico – engenheiro e arquiteto – sobre a segurança desses espaços.

Como Simão explicou aos vereadores e ao público presente, o projeto foi elaborado durante conversas com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), a Associação dos Petropolitana dos Engenheiros e Arquitetos (Apea) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-RJ). Há leis semelhantes no município do Rio e no estado, criadas após casos de grande repercussão de desabamentos de prédios e de explosão de um restaurante no Rio. Há projeto, inclusive, para aplicá-la a nível nacional.

“No Brasil, ainda temos a máxima de que tudo é dever do poder público. O poder público não é onipresente, não tem como estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Além disso, a propriedade tem que ter uma função social, então o proprietário tem que ter responsabilidade sobre as condições de segurança do seu imóvel. O projeto não transfere as funções do poder público para ninguém. A fiscalização continua sendo de responsabilidade do poder público”, disse Simão.

Os laudos técnicos, assinados por engenheiros ou arquitetos, deverão analisar a integridade e a segurança de fachadas, marquises, estruturas, redes elétricas e hidráulicas, elevadores e sistema contra incêndio e pânico. Nos casos onde o laudo técnico apontar para a segurança da construção, o estabelecimento receberá um selo da Prefeitura, que ficará exposto ao público para que todos saibam o resultado da análise do técnico contratado pelo proprietário. Quando o laudo apontar para a falta de segurança, caberá ao proprietário providenciar as intervenções necessárias.

O projeto voltará a ser debatido pelos vereadores junto à Defesa Civil e a representantes de entidades ligadas a engenheiros e arquitetos, para que possa ir à votação.