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Pesquisa feita em Petrópolis será reproduzida em artigo e livro na Alemanha.
Zweig escolheu Petrópolis para se exilar até sua morte, em 1942.

Mais do que a triste lembrança da fraqueza humana que resultou em suicídio, a vida e obra de Stefan Zweig, considerado o best-seller de sua geração, atraem inúmeros seguidores de seu trabalho a Petrópolis – onde se exilou até a morte. Parte desta história está documentada no acervo histórico da Biblioteca Central Municipal Gabriela Mistral, que recebeu nesta semana a visita do escritor alemão Joachim Lottmann. A viagem exclusiva à Cidade Imperial teve como objetivo a pesquisa para o artigo e livro que serão escritos pelo alemão sobre o escritor austríaco, que considerou o Brasil, mesmo que temporariamente, como sua pátria.

“Zweig é o melhor romancista, porque ele foi contra ideologias mais do que todo mundo. Ele ficou doente quando a ideologia política teve tanto poder no mundo. Na opinião dele os ideais políticos eram loucos”, lembrou Joachim, que também é jornalista e além de artigos, já escreveu 32 livros, 11 deles publicados.

No acervo municipal, o escritor apreciou parte da história de Stefan e da esposa Lotte Zweig - que se matou junto com o marido na residência onde moraram em Petrópolis, no Valparaíso, onde hoje funciona a Casa Stefan Zweig. São fotografias, livros pessoais, obras do próprio Zweig - 80 volumes doados pessoalmente pelo escritor - e até mesmo os atestados de óbito do casal, todos originais que integram o acervo histórico da Biblioteca Municipal.

“Nosso acervo é procurado com frequência por pesquisadores e apreciadores da obra de Zweig do mundo todo e durante todo o ano. Eles ficam encantados com esses documentos, inclusive com o livro de assinatura que temos de pessoas ilustres assinado pelo próprio Zweig, que vinha na biblioteca quando ainda era uma casa”, comentou Marisa Gomes, chefe do Acervo Histórico da Biblioteca Central Municipal.

Um apaixonado pela obra do escritor austríaco, Joachim escolheu Petrópolis não apenas como fonte de pesquisa, por sua relevância na história de Zweig, mas também como cenário para escrever o artigo sobre o romancista. O texto será publicado em um jornal alemão já na próxima semana. Já o livro, que também terá a história de Stefan Zweig retratada, com destaque no período em que esteve exilado na Cidade Imperial, deve ser publicado em 2018. Tanto artigo como livro serão as primeiras publicações do alemão sobre a vida e obra de Stefan Zweig.

Pensamentos além do seu tempo

Stefan Zweig ficou conhecido por ser um pacificador e considerou o Brasil um país do futuro, título dado a uma de suas obras na qual exalta as qualidades da nação que considerou como sua. E foi esse amor pelo Brasil que o escritor depositava sua esperança de um futuro melhor para a humanidade, baseada na hospitalidade e pluralidade da terra e do povo tupiniquim que o acolheu. Mas diante dos acontecimentos na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial, que iam contra seus pensamentos e os de sua esposa, o casal se rendeu à tristeza até o dia em que cometeu suicídio, deixando apenas uma carta.

“É incrível a obra dele. Zweig tem importância para mim e para o mundo, pois suas ideias eram e são tão atuais quanto os dias de hoje. Basta vermos o que está acontecendo no mundo hoje”, observou Joachim, que durante a visita estava acompanhado da esposa, a jornalista austríaca Christa Zöchling.

Em Petrópolis, além do acervo histórico da Biblioteca, o casal também visitou a Casa Stefan Zweig, importante museu que é um memorial dedicado aos refugiados da Europa nazista durante os anos 1930 e 1940. O espaço reúne alguns dos textos, livros e objetos pessoais do escritor austríaco, um dos mais lidos da Europa, incluindo a reprodução da carta deixada pelo casal antes de cometer o suicídio.

Encargos sociais e tributos não repassados somam R$ 83 milhões.
Prefeitura  deve R$ 73 milhões ao Serviço Social Autônomo.
 
Chega a pelo menos R$ 150 milhões o montante em dívidas acumuladas de gestões anteriores do Serviço Social Autônomo Alcides Carneiro (Sehac) - entidade autônoma que administra o Hospital Alcides Carneiro. Deste total, pelo menos R$ 83 milhões são referentes a encargos sociais e valores retidos dos funcionários que deixaram de ser repassados desde 2009 aos entes destinatários, entre os quais a Receita Federal. No mesmo período, o Sehac deixou de receber ainda R$ 73 milhões em repasses do município correspondentes a notas faturadas pelos serviços prestados pela instituição.
Os números foram apresentados nesta sexta-feira (10.02) durante a primeira assembleia do Conselho Deliberativo do Sehac deste ano. A reunião extraordinária foi acompanhada pelo secretário de Saúde, Silmar Fortes, e pelo coordenador de Gestão Estratégica da prefeitura, Roberto Rizzo. Nela, conselheiros aprovaram a instauração de uma auditoria interna e externa para apurar com exatidão o valor das dívidas acumuladas, bem como dos créditos que deixaram de ser repassados pelo município nos últimos nove anos.
“Estarrecedora a situação do Sehac e mostra a total falta de capacidade de governos anteriores de gerir o sistema que administra o principal hospital da cidade deixando de repassar verbas necessárias para o funcionamento da unidade. Já sabíamos do rombo do Sehac, mas o valor supera todas as expectativas e mostra o grau de desrespeito com as contas públicas e o serviço à população”, afirma o prefeito Bernardo Rossi que recebeu as informações da nova direção do Sehac.
As gestões anteriores da prefeitura deixaram de repassar R$ 73 milhões ao Sehac. “Isso certamente gerou as dívidas trabalhistas e de encargos sociais e com fornecedores, além multas e encargos fiscais que estamos identificando agora. É urgente a instauração de uma auditoria independente para apurar a fundo esta situação. O montante da dívida acumulada hoje poderia custear o funcionamento do hospital por um ano”, completa Jordani Ribeiro, diretor-presidente do Sehac.
Dívidas tributárias, de encargos trabalhistas e previdenciários alcançam R$ 61 milhões. O levantamento aponta ainda a existência de aproximadamente R$ 22 milhões em débitos referentes a parcelas de FGTS, INSS e IRRF, que deveriam ser retidos dos funcionários e repassados à receita, o que não teria sido feito.
“É uma situação grave e que nos preocupa muito. Se as atividades do Sehac fossem paralisadas hoje, com o passivo trabalhista que apuramos, geraria um custo estimado em R$ 16 milhões”, pontua Jordani Ribeiro.
Chama atenção ainda o número de processos judiciais: são 31 ações civis e 36 trabalhistas em trâmite contra o Sehac, alguns movidos pelo Ministério Público. “Ações civis, trabalhistas, execuções fiscais e ações civis públicas instauradas contra o Sehac podem gerar ainda um prejuízo de R$ 100 milhões”, pontua o presidente do Serviço Autônomo.
 
Auditoria será instaurada ainda este mês
Com o aval do Conselho, formado por representantes do município, do Hospital Alcides Carneiro, do Conselho Municipal de Saúde  e da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase), o presidente do Sehac vai instaurar a auditoria nas contas. A prefeitura também será notificada a pagar os valores que deixaram de ser repassados desde 2009.
A prefeitura também será notificada quanto à obrigação de viabilizar a preservação do Sehac. “Após a conclusão do processo de auditoria vamos oficializar respectivamente a prefeitura, a Câmara de Vereadores, e os Ministérios Públicos Federal, Estadual e do Trabalho, para resguardar os direitos da atual gestão e apurar as responsabilidades das administrações anteriores em relação à entidade (Sehac) e ao município”, explica Jordani, lembrando que a nova gestão irá ingressar ainda na Receita Federal com a avaliação da dívida atualizada e possibilidade de refinanciamento.
“Estamos trabalhando muito para ajustar as contas na área da Saúde. O Sehac tem um papel importante dentro da rede, pois gerencia o funcionamento do Hospital Alcides Carneiro. A instauração da auditoria nas contas tem total apoio da Secretaria por conta da transparência, pois deixará claro não só para o Conselho, mas também para todos os petropolitanos a real situação do Sehac”, pontua o secretário de Saúde, Silmar Fortes.
“Embora a auditoria para verificação dos repasses preveja a apuração no período entre os anos de 2009 e 2016, os dados de 2008 também devem ser analisados”, considera o coordenador de Gestão Estratégica, Roberto Rizzo, lembrando ainda a necessidade de análise quantitativa e qualitativa dos planos apresentados nos últimos nove anos.
A representante do Conselho, Ana Cristina Coelho Mattos, também aprovou a iniciativa. “A auditoria mostra transparência, e é uma medida que vai ao encontro do que a gente sempre quis no Comsaúde, já que o HAC é um hospital muito importante para a cidade”, considera.
A iniciativa da auditoria também foi aprovada pela diretora do Hospital Alcides Carneiro, Ronie Faraco, que apresentou ao conselho os dados sobre os atendimentos no HAC. No ano passado a unidade registrou 219.906 atendimentos, entre internações, atendimentos ambulatoriais, exames cirurgias e urgência.
 
Sehac foi criado em 2007, mas é questionado pelo MPF
 
O Serviço Social Autônomo Alcides Carneiro (Sehac), foi criado, em 2007, através da Lei municipal 6.483/2007 de autoria do ex-prefeito. A lei transferiu ao Sehac - entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos - a gestão do Hospital Alcides Carneiro, desvinculando da Fundação Municipal de Saúde de Petrópolis a administração do hospital público. Em 2010, no entanto, os Ministérios Públicos Federal, Estadual e do Trabalho ingressaram com a ação judicial questionando a criação do Sehac.
A ação conjunta dos MPs aponta mau uso de recursos federais, prejuízos aos serviços de saúde e contratação de pessoal e servidores públicos, contrariando o regime estatutário e os direitos trabalhistas. A inicial da ação cita sete irregularidades na lei municipal que cria o Sehac, entre as quais, repasse indevido de verba do Fundo Nacional de Saúde à entidade privada, gastos sem licitações e a cessão de servidores públicos ao Sehac, entidade privada.
Os apontamentos dos MPs foram confirmados em auditoria realizada pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS. No documento, os auditores elencaram nove itens e concluíram que o Hospital não foi gerenciado de forma regular pelo Sehac.
Com isso, a titular da 2ª Vara Federal de Petrópolis, juíza Simone Bretas, concedeu uma liminar determinando a suspensão dos repasses ao SEHAC, designando que o município reassumisse a administração do Hospital Alcides Carneiro. A prefeitura, no entanto, recorreu conseguindo derrubar a liminar favorável ao pedido dos MPs e manteve até os dias de hoje o modelo de gestão do HAC.

 

Prefeito e Secretário de Planejamento serão apresentados aos membros do colegiado.

A primeira reunião ordinária do Conselho Municipal da Cidade (ComCidade) deste ano terá como pauta principal a apresentação do prefeito Bernardo Rossi e do secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Desenvolvimento, Marcelo Fiorini, como principais representantes da nova gestão no órgão colegiado. Como o Executivo possui sete cadeiras, serão definidos os outros cinco nomes que preencherão as vagas restantes e os sete suplentes, todos indicados pelo prefeito. A reunião acontecerá no próximo dia 14, às 9h, na Casa dos Conselhos Augusto Zanatta.

Outros pontos, como aprovação do calendário de reuniões para o ano corrente, informe dos conselheiros e aprovação de uma pauta de discussões para os futuros encontros fazem parte da pauta do primeiro encontro do ComCidade em 2017.

Para o prefeito Bernardo Rossi, os conselhos devem ser atuantes e manifestar de forma contínua, os desejos da população. Ele também destaca a importância da participação de todos os segmentos da sociedade nas reuniões.

“Precisamos acompanhar, participar das decisões de forma contínua, pois existem questões que serão resolvidas a médio e longo prazo e que não dependem ou são propriedade de apenas um governo. A transparência nos atos e a preservação de projetos construídos em um esforço coletivo da sociedade civil e governo devem ser preservados tendo como foco principal o futuro da cidade. Todos os projetos pertencem ao povo de Petrópolis” concluiu o prefeito.

Composição e objetivos do Comcidade

O Comcidade é representado por membros do Poder Executivo (40%) e da sociedade civil organizada (60%), totalizando 39 membros titulares e seus respectivos suplentes. Sete vagas são destinadas aos membros do governo municipal, três vagas para vereadores e 29 para representantes efetivos dos demais conselhos municipais. Todas as Conferências Municipais da Cidade devem ser convocadas anualmente.

O Comcidade é um órgão colegiado, de natureza permanente, caráter consultivo e deliberativo. Seu objetivo é acompanhar, analisar, propor e aprovar as diretrizes para o desenvolvimento urbano, visando à promoção e integração do planejamento e das ações de gestão do solo urbano, habitação, saúde, educação, saneamento ambiental, mobilidade e acessibilidade. Reunindo representantes do poder público e da sociedade civil, o Conselho integra a gestão urbana do município e do Sistema Nacional de Política Urbana.

Seus membros deverão garantir a continuidade das políticas, programas e projetos de desenvolvimento urbano do município, além de monitorar o processo de implementação do orçamento municipal, conforme as deliberações relacionadas às políticas setoriais de desenvolvimento urbano.

Levantamento feito pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) aponta o desaparecimento de R$ 71.374,61 em patrimônio. O montante corresponde ao valor de centenas de objetos que sumiram desde 2013, quando foi realizado a último inventário na companhia. Na ocasião, constatou-se o desaparecimento de R$ 9.392,90, que o governo, à época, assumiu o passivo. Inventário anterior só havia sido feito entre os anos de 2004 e 2005, quando R$ 24.655,48 em bens da CPTrans já haviam sumido. Por conta disto, foi aberta uma sindicância para chegar aos responsáveis legais pelo espólio.

No total, a Companhia amarga R$ 105.422,99 em prejuízo desde que foi ampliada e assumiu também o trânsito, em 2003. Esse valor corresponde a diversos tipos de materiais, que vão desde TVs, câmeras fotográficas, telefones de mesa, aparelhos celulares, até artigos essenciais para o trabalho da companhia, como semáforos, rádios de comunicação, sirenes, antenas, giroflex, entre outros. Para comprar todo esse material, a Companhia precisaria desembolsar mais que o dobro dos valores pagos por cada objeto quando foram adquiridos.

“Assim que chegamos à CPTrans solicitei os inventários anteriores para saber do passivo que a companhia já havia assumido ao longo dos anos anteriores. Já nesta ocasião verifiquei que o valor era de quase R$ 35 mil mas, o que mais me impressionou foi que, em apenas 4 anos, desapareceu mais que o dobro do que já estava sumido da companhia em 10 anos. É inadmissível que isso aconteça. A sindicância vai apurar o destino dado aos bens públicos”, disse o diretor-presidente da companhia, Maurinho Branco.

Um inquérito administrativo foi instaurado para apurar a irregularidade. Uma comissão de investigação está sendo definida para chegar até os responsáveis por cada um dos objetos desaparecidos. Essa comissão poderá convocar funcionários e solicitar documentos. Após esse processo, irá elaborar relatórios que podem gerar sanções administrativas. Caso seja confirmado que uma determinada pessoa foi a responsável pelo sumiço do patrimônio, ela receberá uma punição administrativa e deverá repor o erário.

Trecho entre Pórtico de entrada da cidade até a Ponte Fones foi pedido ao Dnit.
Transferência vai permitir desenvolvimento da região com a instalação de novas empresa.

A prefeitura vai municipalizar o trecho compreendido entre o pórtico de entrada da cidade e a Ponte Fones, no Quitandinha. Ela está sob domínio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas não integra o Sistema Nacional de Viação. Por isso, o governo está finalizando os trâmites burocráticos para passar a ser o responsável pelos cerca de dois quilômetros entre a Av. Ayrton Senna e a General Rondon. Com isso, o local pode ter um desenvolvimento econômico acelerado.

Os empreendimentos que já existem na região precisaram de autorização junto ao Dnit, uma burocracia a mais que atrasa o desenvolvimento da região. O projeto de um hotel próximo ao Hotel Quitandinha, por exemplo, está parado por exigências do Dnit.

“O município precisa acelerar a retomada do seu desenvolvimento econômico e a melhor forma é utilizar os espaços urbanos já infraestruturados, como no caso do Quitandinha. Nessa região há terrenos planos, com ótimas localizações que podem servir para a edificação de hotéis, lojas, restaurantes e demais equipamentos urbanos estimuladores do turismo, do comércio e do serviço”, ressalta o secretário de Obras, Ronaldo Medeiros.

Outro ponto que torna a municipalização do trecho importante é a ligação Bingen-Quitandinha e transformação da atual subida da serra em estrada-parque. 

“Embora a obra de subida da serra esteja parada, a previsão é que, quando estiver concluída, o fluxo de entrada na cidade fique dividido entre o Bingen e o Quitandinha. A região vai precisar e poderá atrair mais investimentos”, comenta o secretário.

Outra vantagem será a possibilidade de realizar uma melhor manutenção viária. Hoje, qualquer melhoria deve ser realizada pelo Dnit. Já com a municipalização, a resposta poderá ser mais rápida em caso de necessidade de  intervenções na pista ou sinalização do trecho. 

Intervenções das concessionárias que atendem Petrópolis também serão mais facilitadas, já que eventuais obras serão tratadas diretamente com a prefeitura, sem precisar  ir ao órgão federal.

A municipalização está em fase de elaboração de proposta e aguarda a oficialização da transferência da estrada para esse ano ainda. No entanto, a prefeitura já recebeu uma sinalização positiva do Departamento sobre o assunto.

Capacidade de atendimento é de 400 pessoas por dia no HMNSE.

A partir desta segunda-feira (13.02) estarão disponíveis três mil doses da vacina contra a febre amarela destinadas aos moradores que viajarão no Carnaval para regiões que sofrem com a epidemia. Essa remessa extra da vacina foi encaminhada pelo Estado, mas o município alerta que como em Petrópolis nunca foi registrado casos da doença, o município segue as diretrizes repassadas pelo Ministério da Saúde: a imunização é indicada apenas às pessoas que irão viajar para regiões silvestres, rurais ou endêmicas com casos comprovados da doença.

Após ter um recorde de vacinação no último mês, com 2.200 doses ministradas, o secretário de Saúde, Silmar Fortes, alerta que, por dia, a capacidade de aplicação de vacinas é de 400 pessoas por dia.

“A vacina da febre amarela só é aplicada no Setor de Epidemiologia, localizado no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, justamente por ser uma vacina de imunização restrita. Nós iremos fazer essa logística de aplicação em caráter experimental, mas já estamos avaliando a possibilidade de se aplicar a vacina em outros pontos.”, anunciou.

Os moradores que forem para regiões com risco de contaminação pela febre amarela devem estar atentos ao prazo de imunização contra a doença. Isto porque a pessoa que toma a vacina só fica protegida depois de 10 dias que recebeu a dose.

O infectologista do Departamento de Doenças Infecto Parasitárias (DIP),  Antonio Luiz Chaves Gonçalves explicou que a vacina contra a febre amarela é contraindicada em alguns casos, como em crianças menores de 6 meses de idade, gestantes, idosos acima de 60 anos, mulheres que amamentam crianças de até seis meses (se receberem a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso preferencialmente por 28 dias após a vacinação ou no mínimo 15 dias) e pessoas com doenças autoimunes ou doença neurológica.

“A recomendação médica é que esses pacientes evitem as áreas com o surto da doença. Mas, em caso de extrema importância de viagem, um médico deverá avaliar o risco/benefício da vacinação para esses grupos, levando em conta o sério risco de eventos adversos. Nesses casos, a vacinação só será realizada mediante prescrição médica e a mesma ficará retida na unidade onde a vacina for aplicada.”, comunicou.

Algumas alternativas podem gerar uma economia de até 30% sobre o consumo.

Petrópolis está buscando projetos de desenvolvimento de “energia limpa” – como solar e eólica – para reduzir os gastos dos órgãos públicos, empresas e também da população. A economia, de acordo com as alternativas já estudadas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pode chegar a 30% se somados a um trabalho de eficiência energética, como a troca de lâmpadas. Escolas, hospitais, hotéis e o comércio poderão ser contemplados com o resultado dos estudos. A secretaria já recebeu quatro empresas, incluindo multinacionais, para ouvir as opções disponíveis, levando em conta, também, as vocações que o município tem para a geração da própria energia.  A intenção é de que em três meses um levantamento completo esteja pronto para ser apresentado aos empresários.

Segundo informações do Departamento de Iluminação Pública, a prefeitura paga, por estimativa, R$ 1,00 (um real) por Kwh, totalizando cerca de R$ 1,3 milhão por mês no custeio da energia consumida tanto pelos prédios públicos como pela iluminação pública. “Isso representa um desembolso financeiro de R$ 15,6 milhões e R$ 62,4 milhões em quatro anos. Contudo, se fosse usado energia solar e se a prefeitura disponibilizasse o espaço para colocar os painéis solares, o custo estimado poderia cair para R$ 0,40 por kwh, ou até menos”, aponta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Fiorini.

A área estimada para construir um parque solar para atender a demanda da prefeitura, em torno de 1,5 kwh, é de 20 mil metros quadrados, nesse caso, sem investimento do governo municipal. “Ainda assim, se a prefeitura resolvesse instalar os painéis solares numa área de 20 mil metros quadrados sendo a geradora de sua própria energia e vendendo o excedente, isso custaria R$ 8 milhões e, com isso, não pagaria por mais energia alguma enquanto os equipamentos estivessem funcionando”, explica Fiorini.

O secretário destaca que algumas empresas já mostraram interesse em disponibilizar o espaço para a implantação do parque. “Estamos evoluindo no assunto. Acredito que a economia com as despesas em energia pode ser gigantesca, além de deixar um legado impressionante para o município”, afirma.   

“Se a prefeitura puder pagar R$ 8 milhões para produzir toda a energia de que necessita, isso representaria apenas seis meses do que pagamos na conta de luz. A economia gerada aos cofres públicos chegaria a R$ 54,4  milhões em quatro anos ou mais de R$ 116,8 milhões em oito anos. Um equipamento desses tem vida útil de 20 anos, ou seja, R$ 308 milhões de economia durante todo esse período diante da demanda atual”, acrescenta.

Quatro empresas do setor já foram ouvidas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e já empresários com áreas disponíveis para instalar o parque e fazer parceria com o município. “Seriamos a primeira cidade no Brasil a tomar essa iniciativa gerando energia limpa e com grande economia para os cofres públicos a médio e a longo prazo, sem contar na melhoria da qualidade dos pontos de iluminação”, disse Fiorini acrescentando que o estudo também está levando em consideração as medidas mais simples como a substituição das lâmpadas da iluminação pública. “Outro ponto que vamos propor é a troca gradual de todas as lâmpadas da iluminação pública da cidade por leds. Assim como a economia, podemos iluminar locais aonde temos deficiência”.

Empresariado aponta alto custo da energia elétrica como entraves

As principais reclamações do empresariado com relação à energia já foram apresentadas para as grandes empresas fornecedoras. Segundo Luis Fernando Pessoa, diretor de Desenvolvimento Econômico, as alternativas estão sendo pontuadas de acordo com a Resolução nº 482 da Aneel, que estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuídas aos sistemas de energia elétrica, além do sistema de compensação de energia.

“O objetivo é o de possibilitar não só o uso de energia elétrica mais barata, mas, também a energia limpa. Temos a preocupação com o custo da energia para o empresário. Hoje, esse é um item na sua planilha de custo bem considerável e que impossibilita uma margem maior no seu resultado. Os consumidores que estão no cativo eram obrigados a comprar somente da distribuidora local. Com a geração distribuída, foi aberta alternativa. Outro benefício que o município vai ter, com essa ação, será que uma parte da sua energia consumida na região poderá ser produzida no próprio município”, diz Luiz Fernando Pessoa.

Ainda de acordo com Luis Fernando, algumas alternativas oferecem uma economia de até 30% no valor do consumo. “Estamos abertos para receber outras empresas e ouvir as suas propostas. Pretendemos mostrar as alternativas para que os empresários possam melhorar as margens de lucro. São medidas que poderão fortalecer a geração de economia não só nas repartições públicas, mas até no comércio em geral”, explica.

Número de alunos que migraram da rede particular para a pública chegou a 522.

Com mais de 42 mil alunos matriculados, a rede municipal de ensino de Petrópolis recebeu, de acordo com o número de matriculas realizadas pela internet em dezembro de 2016, mais 878 novas inscrições. Destes, 522 alunos migraram da rede particular de ensino.

“Esse número de 878 novas matrículas é referente aos cadastros feitos pela internet em dezembro. Em janeiro e fevereiro mais alunos novos ingressaram na rede municipal de ensino. Nessa gestão, aumentamos alguns convênios para poder atender da melhor maneira possível mais esse público”, aponta o secretário de Educação, Anderson Juliano.

O processo de renovação de matrícula começa em outubro nas próprias escolas da rede. Nesse mês, as diretoras da rede fazem uma lista com os nomes das crianças que continuarão a estudar na unidade de ensino. Em dezembro é aberto o cadastro de matrícula pela internet. No cadastro eletrônico, os pais indicam a escola de preferência e mais uma opção. O aluno é direcionado para a unidade escolhida caso exista vaga.

“Em janeiro e fevereiro, cerca de 90% do atendimento que é realizado no setor de matrículas da secretaria de Educação se destina a pedido de transferência de escolas ou cadastro para CEIs, além dos pais e responsáveis que perderam os prazos de matrícula do ano anterior e daqueles que decidiram, no começo do ano, realizar o ingresso dos filhos na rede municipal. O atendimento no setor de matrícula funciona de segunda a sexta-feira, as 8h30 às 18h30 e o tempo de espera na fila não supera os trinta minutos”, afirmou Tânia Maltez, responsável pelo setor de matrícula.

A secretaria de Educação garante que existem vagas para serem preenchidas no ensino fundamental I e II em várias escolas. “As crianças que estão no ensino fundamental não ficam sem escola. O que acontece é que às vezes não há vaga na escola que os pais preferem. Nesse caso, a criança é direcionada para outra unidade escolar, levando-se em consideração a  proximidade com a residência da família. Mas, acontece também dos pais mudarem de residência ou de emprego e, nesse caso, eles voltam na secretaria pedindo a transferência para outra unidade escolar”, explicou o secretário de Educação.

Cadastro para CEIs

No caso dos Centros de Educação Infantil, o município dispõe de 68 unidades funcionando na rede e a demanda de crianças cadastradas que estão aguardando vagas é de aproximadamente 2.750, herança da falta de investimentos no setor ocasionado pelo descaso da gestão anterior. Para mudar esse quadro um levantamento com o número de crianças a espera de vagas em cada bairro foi elaborado e a meta da secretaria de Educação é inaugurar futuramente outros CEIs e aumentar o número de convênios, para atender a real necessidade do município.

Uma semana após a primeira fiscalização, número de ocorrências caiu bastante: houve apenas 13 casos de estacionamento irregular.
CPTrans, Fiscalização, Vara da Infância e Conselho Tutelar também participaram da ação na 13 de Maio, Nelson de Sá Earp.

Uma semana após o primeiro no choque de ordem em ruas do Centro, a Guarda Civil, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) e a Coordenadoria de Fiscalização voltaram aos mesmos locais ao lado da Polícia Militar e a Vara Infância e Juventude. Porém, o número de ocorrências dessa vez caiu muito: se na vez anterior foram identificados 55 delitos e infrações, na noite desta sexta-feira (10.02) houve apenas 13 casos de estacionamento irregular nas ruas 13 de Maio, Dr. Nelson de Sá Earp e na Praça da Liberdade.

Para o chefe da Guarda Civil, Jeferson Calomeni, o resultado dessa segunda abordagem mostra o êxito do choque de ordem.

“Acho que o recado foi dado. O objetivo não é impedir ninguém de ter o seu momento de diversão, mas evitar que isso seja acompanhado de prática de delitos e infrações. Dessa vez tinha menos bagunça”, comentou. Calomeni ainda destaca a reação positiva da sociedade e garantiu que atuação conjunta com os demais órgãos vai continuar.

“Os bares instalados nesses locais tem muito movimento. Mas a falta de fiscalização nos anos anteriores gerou uma série de problemas. Muitos jovens, menores de 18 anos, estavam consumindo bebidas alcoólicas, o estacionamento irregular sobre calçadas e em frente a diversas garagens era constante, além da música em volume alto e do consumo de drogas. Viemos a primeira vez e a receptividade foi grande, assim como os pedidos para seguir nesse serviço. Vamos manter o compromisso de manter a ordem estabelecida nesses locais”, afirmou o chefe da Guarda.

Nesta sexta, as 13 multas foram aplicadas por estacionamento irregular. A CPTrans rebocou três carros e uma moto. Os veículos foram levados para o pátio que fica no Morin e podem ser retirados após o pagamento das taxas de diária e de remoção. Dessa vez não houve identificação de nenhum menor de 18 anos consumindo bebida alcoólica e nem apreensão de drogas. Ninguém foi levado para a delegacia.

Dono do ferro velho tinha até o dia 7 de fevereiro para faz o serviço.

Dois dos 15 veículos abandonados de um ferro-velho, às margens da BR-040, no Moinho Preto, foram removidos nesta sexta-feira (10.02), em uma operação conjunta entre a Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico e a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). O dono do estabelecimento já deveria ter retirado os automóveis para um terreno próprio na última terça-feira (07.02) em cumprimento a uma ordem judicial. No momento da ação, apenas os filhos do proprietário estavam no local.

Os dois veículos rebocados, um Gol e um Monza, foram levados para o depósito da Rodando Legal, no Morin. Para retirar os veículos, o proprietário deverá pagar multas, além do arcar com as taxas de reboque e diárias. Além disso, também precisará reflorestar uma área de quase 2.000m² com 300 árvores. As medidas ambientais também incluem a realização da impermeabilização do solo, onde o material ficou armazenado. O proprietário deverá, ainda, apresentar o licenciamento da área. 

“Estamos cumprindo uma determinação da justiça, que deu prazo até o último dia 7 para a remoção dos veículos. Como o dono do ferro velho não cumpriu com ordem, começamos a fazer a retirada dos carros. Esse processo será continuado na próxima semana, caso o proprietário do imóvel não faça a remoção dos carros”, explicou o coordenador e futuro secretário de Meio Ambiente, Fred Procópio.

O fiscal da secretaria de Meio Ambiente, Miguel Fausto, destaca que os danos ambientais são grandes em virtude das peças de veículos e óleo espalhado pelo chão. “Pedindo as alterações estaremos preservando uma área de vegetação importante naquela área”, destacou.

“O proprietário do ferro velho havia se comprometido a retirar os veículos até a o prazo, mas, infelizmente, não o fez. Nosso papel é fiscalizar e, como ele não cumpriu a determinação, precisamos remover dois dos veículos que atrapalhavam a via, agora esperamos que ele faça a remoção dos outros carros e carcaças”, explicou o diretor técnico ambiental da CPTrans, Luciano Moreira.