Notícias

Super User

Super User

O prefeito Rubens Bomtempo vai oficiar o Ministério das Cidades solicitando, em caráter emergencial, a liberação da contratação imediata da empresa vencedora para a construção de 720 unidades habitacionais no Caetitu. O município já cumpriu as etapas para execução dos projetos de arquitetura, urbanização e engenharia, além dos serviços preliminares de topografia e sondagem, todos aprovados pela Caixa Econômica Federal. O projeto, a ser executado num terreno comprado e já pago pela Prefeitura, também está licenciado e aprovado pelos órgãos ambientais, porém, o Ministério das Cidades solicitou um novo documento de forma inédita: a apresentação da demanda social detalhada das 720 famílias que serão beneficiadas com o empreendimento. Geralmente, o pedido é feito apenas quando 40% das obras estão concluídas mas no caso de Petrópolis, o documento foi solicitado mesmo antes do contrato com a empreiteira.

“Estamos falando de vítimas das chuvas desde 2011 e este pedido, num momento em que precisamos iniciar a obra aprovada, vai dificultar um projeto que é prioridade para a Prefeitura”, diz Bomtempo, que teve seu encontro com o Ministro adiado na última vez em que esteve em Brasília.  “Estamos falando do maior acidente climático da história do país, não vamos medir esforços para atender o Ministério, mas este é um processo que vai atrasar nosso cronograma”, completa o prefeito. A situação também preocupa os técnicos envolvidos e as pastas de Habitação e de Trabalho, Assistência Social e Cidadania.

“O documento de Avaliação de Danos – AVADAN 2011 – elaborado pela Defesa Civil à época, aponta mais de 1,5 mil famílias com déficit habitacional. Este, por si só, já é um dado legítimo demonstrativo das necessidades habitacionais do município”, explica o secretário de Habitação, Rodrigo Seabra. Já a secretária de Trabalho, Assistência Social e Cidadania, Fernanda Ferreira lembra que esta é uma operação detalhada que prejudicará as famílias. “Elas não estão desassistidas, pois participam do programa de Aluguel Social da Prefeitura ou do Estado, mas o novo pedido burocratiza um sistema que já é demorado e penoso para quem já sofreu tanto”, afirmou.

Quem gosta da companhia de animaizinhos de estimação não pode perder mais uma edição do Pet Petrópolis. A feira de adoção acontece nesse sábado (4/10), das 10h às 16h, no pátio da Catedral São Pedro de Alcântara e terá celebração com a presença do Padre Jac. O evento é uma realização da Prefeitura, por meio da Coordenadoria do Bem-Estar Animal, que está ligada à Secretaria de Meio Ambiente, e conta com o apoio da ONG Proteção com Amor e de outros protetores independentes. Além de cães e gatos para adoção, a feira oferece orientações em guarda responsável e distribuição de materiais explicativos.

O Município vai oficiar o Estado cobrando maior rigor no controle das obras que vêm sendo realizadas no município por meio do Programa Asfalto na Porta. No documento, a Prefeitura solicita que a empreiteira responsável pelo trabalho na cidade seja fiscalizada pelo Estado, principalmente quanto à qualidade da execução dos serviços, que têm sido alvo de frequentes críticas por parte dos moradores.

“Infelizmente o município foi surpreendido com a realização dessas obras sem qualquer contato ou parceria com a Prefeitura. Tínhamos solicitado a realização destas intervenções, mas não recebemos qualquer resposta. Qualquer investimento é bem vindo, mas o município tem condições de somar forças e garantir um trabalho mais completo, com trabalho prévio de manutenção da rede de drenagem, por exemplo, evitando a degradação dessas áreas, como a formação de buracos, num curto espaço de tempo”, explicou o secretário de Obras, Aldir Cony.

Aldir ressaltou que, se houvesse um convênio, a Prefeitura poderia preparar todo o subsolo, com as melhorias necessárias nas redes de drenagem e captação de águas pluviais, calçadas, meio fio, revitalização da sinalização viária e ainda dar todo o apoio logístico para a realização dos asfaltamentos. “Em parceria, a população teria menos transtorno e o trabalho final seria de mais qualidade”, destacou Aldir ao informar que o Morin, Bonfim, Estrada das Arcas e Castelo São Manoel são, atualmente, as localidades onde o Estado tem realizado o trabalho.

“O asfalto está sendo feito sem planejamento. Não mexeram no meio fio nem nos bueiros. As calçadas também estão ficando abaixo do nível da rua, o que é muito preocupante, principalmente no período de chuvas”, disse o presidente da associação de moradores do Morin, Marcel de Souza Castro.

A Prefeitura concluiu nesta semana a primeira etapa da capacitação gratuita oferecida aos feirantes sobre “Qualidade no Atendimento”, promovida pela secretaria de Agricultura, Abastecimento e Produção. Ministrado pelo Sebrae, o primeiro módulo do curso priorizou as boas
práticas relacionadas ao atendimento. A iniciativa tem o objetivo de garantir a melhoria da qualidade no serviço em todas as feiras da cidade.

“Além de motivar os feirantes, o curso provocou uma grande reflexão sobre as oportunidades e as ameaças. Também ampliou percepção da importância do papel de cada um na busca das melhorias e avanços para a categoria. A capacitação também foi importante para que o município ajuste e redirecione as próximas ações e políticas para o setor”, disse o secretário de Agricultura, Abastecimento e Produção, Leonardo Faver.

O secretário destacou que a criação de um ponto que funcione de forma semelhante aos serviços de atendimento ao cliente (SAC) foi sugerida pelos feirantes durante a capacitação. A ideia se soma a todos os avanços já realizados pelo atual governo na área. “Já fizemos alterações no estacionamento durante os dias de feira no Centro, de forma a facilitar o acesso dos clientes, e estamos fazendo teste com máquinas de cartão de crédito. Também avançamos na padronização dos uniformes e das barracas“, lembrou Leonardo.

Boa apresentação pessoal e dos produtos, gentileza, limpeza das bancas e do local, além da sensibilização dos feirantes para perceber os anseios dos clientes, foram os principais tópicos desta etapa da capacitação. Para os próximos meses estão previstas dicas para o consumo sustentável, diminuição de desperdícios e também para uma alimentação mais saudável.

A exposição 280 dias: Adolescência e Gravidez foi aberta na manhã desta quinta-feira (2/10) no Centro Comunitário Madame Machado, em Itaipava. A ideia é aproximar o tema dos moradores das comunidades, estimulando a reflexão e levando informações diretamente aos jovens e seus familiares. A iniciativa é uma parceria entre a Prefeitura - por meio das secretarias de Educação, Saúde e Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac) - o Conselho Municipal dos Direitos da Criança (CMDCA) e a Faculdade Arthur Sá Earp Neto (Fase/FMP).

A secretária chefe de Gabinete e presidente do CMDCA, Luciane Bomtempo, abriu a exposição ressaltando o trabalho em rede desenvolvido na região, por meio da Rede Social Primeiro de Maio. Ela lembrou como essa intersetorialidade pode agregar valores à comunidade. Luciane também destacou a importância de levar as famílias dos adolescentes a conhecerem a exposição. “Com esse apoio, a perspectiva deles pode mudar. A família tem que estar sempre ao lado para que possam superar esse momento”, disse Luciane, agradecendo a forma como a comunidade a recebe e ao prefeito Rubens Bomtempo. “Fico sempre emocionada quando chego aqui”.

Para o gestor do Centro Cultural FASE-FMP, Ricardo Tammela, a exposição é um convite aos visitantes para uma reflexão. “Apresentamos elementos para que o adolescente possa tomar a decisão, sem entrar no mérito de certo ou errado”, destacou. Ricardo lembra que a parceria com a Prefeitura e o CMDCA começou há um ano, quando a exposição estava no LNCC durante a Semana de Ciência e Tecnologia. “Apresentamos o projeto para a Luciane e ela, prontamente, acolheu a iniciativa”.

Quatro jovens da comunidade foram capacitados como monitores e acompanham os visitantes durante a exposição, tirando dúvidas e sendo multiplicadores. “Participar desse projeto está sendo uma experiência maravilhosa e importante. Estamos participando de uma iniciativa boa para a comunidade e isso é especial”, disse Arthur Júnior, de 15 anos. A jovem Lislane Martins, de 15 anos, também ressaltou a importância de participar do projeto. “Agora tenho como orientar e ajudar minhas amigas que estiveram nessa situação”.

A mostra foi baseada em um estudo sobre gravidez entre as jovens petropolitanas, fruto de uma parceria entre a FMP/Fase e o Ministério da Saúde, através do PET Saúde II – Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – e compreendeu dados qualitativos sobre o tema em Petrópolis, onde foram entrevistadas adolescentes grávidas ou no período de até 42 dias após o parto (puerpério), e jovens mães com idade até 24 anos, grávidas na adolescência.

A exposição é dividida em painéis, com ilustrações, dados, depoimentos e reflexões sobre a gravidez na adolescência. A mostra é gratuita e segue até o dia 15 de outubro. O horário de visitação é de 8h às 17h. Por ser itinerante, outras comunidades receberão a exposição, entre elas o Vale do Carangola, Corrêas e Quitandinha.

A Gravidez na Adolescência – Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil a cada 18 minutos uma menina de 10 a 14 anos dá a luz a uma criança e a cada minuto, uma jovem de 10 a 20 anos torna-se mãe. Na América Latina são registrados anualmente 54 mil nascimentos com mães menores de 15 anos e dois milhões de nascimento com idade entre 15 e 19 anos.

Em Petrópolis, o número de adolescentes grávidas vem caindo gradativamente. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, em 2001, 24,33% das gestantes eram adolescentes entre 10 e 20 anos. Uma década depois, em 2011 esse percentual caiu 19,89%. “Esse número continua caindo e em 2013 fechamos com percentual de 16%”, informou a coordenadora de Programas da Secretaria de Saúde, Adriana Jacques.

Serviço:

Exposição 280 dias: Adolescência e Gravidez
Data: 2 a 15/10
Local: Centro Comunitário Madame Machado – Rua São José do Operário, nº 100 – Madame Machado, Itaipava
Horário: 8h às 17 horas
Entrada Franca

O procurador geral do município, Marcus São Thiago, reafirmou nesta quarta-feira, na Câmara Municipal (1º/10), que a Prefeitura manterá o diálogo com os profissionais da educação sobre a pauta da categoria. Como ficou acordado com a presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), desembargadora Leila Mariano, na terça-feira (30/9), a conversa, agora, deverá ser feita pela Prefeitura com o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Petrópolis (Sisep) e entidades
devidamente habilitadas na base territorial do município. A decisão foi tomada após a constatação da desembargadora, de que os representantes do Sepe em Petrópolis não estão habilitados para representar o sindicato, por falta da devida regularização cadastral no Ministério do Trabalho.

Em conversa com vereadores na tarde desta quarta-feira, Marcus São Thiago falou sobre as determinações do TJRJ sobre a greve dos profissionais da educação. Na terça-feira, no Rio, durante audiência de conciliação com o Sepe-Núcleo Petrópolis, a presidente do TJRJ reforçou a determinação do dia 12, para que todos os servidores retornassem ao trabalho imediatamente. A desembargadora ainda majorou a multa, que era de R$ 50 mil por dia, como definida pela liminar de setembro, passando nesta quarta-feira para R$ 100 mil por dia de descumprimento da determinação judicial.

“O município sempre manteve aberta a negociação com o Sepe e com os profissionais da educação. Foram inúmeras reuniões no segundo semestre, mas, ainda assim, o sindicato convocou paralisações e, depois, a greve, interrompendo as conversas. A desembargadora foi muito contundente com o Sepe. Foi um movimento pautado pelo radicalismo, em que até carro de som foi utilizado para deboche de autoridades municipais, e foram constatados nas redes sociais ataques pessoais ao prefeito, que foi eleito pelo povo para estar ali, e à secretária de Educação. A Prefeitura deu 8% de reajuste aos servidores em 2013, percentual que assegurou ganhos reais, e 8% em 2014, também acima da inflação. O município também avançou em vários outros pontos, como a convocação de mais de 1.200 aprovados no último concurso. É importante em qualquer mesa de diálogo mantermos o equilíbrio e o respeito às pessoas e às instituições”, lembrou o procurador Marcus São Thiago.

Em relação à pauta de reivindicações do Sepe, a desembargadora Leila Mariano afirmou que é necessário planejamento. “Essa paralisação vai levar a quê? A Prefeitura não tem condições de implantar isso. Tem que ser a longo prazo. Sinceramente, com essa paralisação, vocês acham que vão conseguir? Será que vocês não estão atingindo só a parte mais fraca, que são os alunos?”, disse a desembargadora aos membros do Sepe-Núcleo Petrópolis. Ela ainda se referiu à greve do Sepe como “inconsequente”.

Dados da Secretaria de Saúde revelam que a Prefeitura arcou no segundo quadrimestre deste ano – referente aos meses de maio, junho, julho e agosto - com 53% dos recursos necessários para o financiamento da saúde no município. O montante é bem maior do que o aporte garantido pela União e o estado: enquanto, no período, a Prefeitura destinou R$ 48 milhões para a pasta, a união investiu R$ 33 milhões e o Estado apenas R$ 3 milhões. Os números foram apresentados pelo secretário de Saúde André Pombo, durante audiência pública realizada na segunda-feira (29/9) na Câmara dos Vereadores. A reunião teve a participação do prefeito Rubens Bomtempo e do secretário de Ciência e Tecnologia, Airton Coelho.

Logo após a apresentação, o prefeito Rubens Bomtempo alertou para as mudanças que vêm ocorrendo no setor nos últimos anos. “Há 10 anos, União e do Estado financiavam 60% das ações de saúde. O município arcava com os 40% restantes. Hoje essa conta inverteu. Estamos destinando quase 55% dos recursos do tesouro municipal para o financiamento da saúde. Essa é uma relação muito difícil, que vem sendo discutida por vários municípios brasileiros”, ressaltou o prefeito Rubens Bomtempo, defendendo um pacto tributário entre os entes da federação. “É importante que sejam fixadas as responsabilidades de cada um e, mais do que isso, que essa responsabilidade seja, de fato, cumprida”, disse.

Setor é prioridade

No relatório apresentado na Câmara Municipal, a Secretaria de Saúde mostrou que, no segundo quadrimestre do ano, o setor de saúde, mais uma vez, foi o que recebeu a maior fatia de investimentos. Mais de 45% dos recursos (somando recursos próprios, estaduais e federais) foram destinados à área de saúde. No acumulado do ano, esse percentual já atinge 36,24%, o que representa mais do que o dobro exigido pela legislação.

Os investimentos vêm surtindo efeito: o número de procedimentos de média e alta complexidade realizados no Hospital Alcides Carneiro (HAC), aumentaram 23% em relação ao primeiro quadrimestre. Entre maio e julho foram  589 procedimentos. “Houve um aumento significativo em relação à média e alta complexidade. Os novos serviços criados no Hospital Alcides Carneiro, como as cirurgias vascular e urológica, contribuíram para o aumento desta demanda”, citou o secretário de Saúde.

O trabalho de informatização da rede municipal de saúde também foi apresentado na audiência pública. O sistema começou a ser implantado em fevereiro e toda a parte de urgência e emergência já está informatizada. “A Regulação de Leitos já foi informatizada e começamos, agora, a regulação ambulatorial, com a informatização das marcações de consultas e exames. Esse trabalho terá influência direta na satisfação dos usuários da rede, que poderão agendar os procedimentos dentro dos postos ou Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”, explicou o secretário de Ciência e Tecnologia.

Para o prefeito Rubens Bomtempo a informatização vai permitir a desburocratização e a integração da rede, além de humanizar o atendimento. “O paciente que estiver no Brejal, por exemplo, vai conseguir marcar sua consulta ou agendar o seu exame dentro da própria unidade, sem precisar sair do bairro. Isso é um ganho, um salto de qualidade para o sistema e para o usuário”, ressaltou.

O secretário de Saúde também apresentou as ações realizadas nos últimos quatro meses, como a compra de três ambulâncias que vão atender ao Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE), Pronto Socorro do Alto da Serra e Posto de Saúde de Pedro do Rio; a aquisição de quatro veículos que vão atender a Rede de Atenção Básica; a construção de quatro Unidades Básicas de Saúde (Alto Independência, Posse, Araras e Caxambu); as reformas do Hospital Alcides Carneiro (HAC), do Instituto da Mulher, da Criança e do Adolescente (Centro de Saúde), do Pronto Socorro e do Posto de Saúde do Alto da Serra; a ampliação da UTI do HMNSE e a construção das Academias da Saúde.

O prefeito Rubens Bomtempo e o secretário estadual de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, Marcus Von Seehausen, inauguraram na manhã de terça-feira (30/09) mais duas academias ao ar livre - as chamadas Academias da Terceira Idade. Os equipamentos foram instalados na Rua Rio de Janeiro, no Quitandinha, e na Rua Battailard, na Mosela. Juntos, os dois espaços devem garantir atendimento a mais de 400 idosos, garantindo a eles mais saúde e qualidade de vida.

Durante a solenidade de inauguração, Bomtempo destacou que parcerias como a que é desenvolvida com a Secretaria de Envelhecimento Saudável contribuem para mudar a vida de toda a população. “São passos como esse que mudam a realidade das comunidades, pois influenciam diretamente o dia a dia e a qualidade de vida dos moradores que ali residem. A comunidade, para avançar, precisa de união, garantindo assim o bem comum. É isso que estamos celebrando e comemorando neste momento”, disse o prefeito. Para Bomtempo, a implantação das academias é o caminho para melhorar cada vez mais a saúde e a qualidade de vida dos idosos.

“A intenção é estimular a prática diária da atividade física entre os idosos e mostrar o quanto essa simples ação pode melhorar o dia a dia deles. Este é um trabalho que queremos ampliar cada vez mais”, disse o secretário de Envelhecimento Saudável, Marcus Von Seehausen.

As academias, cujo projeto estimula a prática da musculação orientada, conta com diferentes tipos de equipamentos de ginástica que ajudam a desenvolver e fortalecer os músculos. O programa oferece acompanhamento das atividades por profissionais de Educação Física, Fisioterapia, Técnico de Enfermagem e um apoio.

Representantes de 32 órgãos se reuniram para debater as ações de resposta a fortes chuvas em Petrópolis. No encontro, promovido pela Secretaria de Proteção e Defesa Civil na terça-feira (30/9), na Casa Visconde de Mauá, cada órgão apresentou os recursos humanos e materiais que poderá dispor no caso de um desastre das chuvas no município, além de apontar o apoio que precisará de outras entidades. A reunião foi um preparatório para o simulado do Plano de Contingência de Petrópolis, que terá data marcada na próxima semana. Na ocasião, os órgãos irão simular um desastre das chuvas na Estrada da Saudade, apontando o que farão em cada situação.

O secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Simão, afirmou que a mobilização de 32 órgãos foi uma vitória de Petrópolis, já que mostrou que diferentes entidades municipais, estaduais, particulares e ONGs estão interessadas na busca por uma cidade mais segura no verão. “Demos um grande passo ao colocarmos na mesma sala tantos órgãos envolvidos na resposta às chuvas em Petrópolis. Com isso, conseguiremos avançar na profissionalização dessa resposta, deixando claro o que caberá a cada entidade no caso de fortes chuvas. Após essas reuniões, tende a ser cada vez mais rápida a resposta do município às consequências das fortes chuvas, como deslizamentos, inundações E fechamento de vias”, disse.

Como explicou Simão, o simulado do Plano de Contingência de Petrópolis terá como objetivo identificar erros, para que sejam corrigidos. “Será a hora de errar. Nesse simulado, veremos que órgão poderia ter agido diferente, como teria sido melhor para a população, entre outros ajustes que deverão ser feitos. Essas correções serão levadas para o Plano de Contingência, que foi apresentado pelo prefeito Rubens Bomtempo em dezembro e que será aprimorado a cada ano”, disse.

Representante do Comando de Bombeiros da Área Serrana (CBA II), a major Lia Povill afirmou que a iniciativa deixa o município mais seguro. “Essas reuniões entre os órgãos são muito importantes, sem dúvida. Se houver integração, não corre o risco de dois órgãos fazerem a mesma ação. Isso exclui também a questão da vaidade. Todos formamos um grupo de trabalho em prol da sociedade”, disse.

Representante da Polícia Militar, o 1º tenente Alexandre Rocha disse que a integração faz que o impacto de uma calamidade seja menor. “Não tem como a Polícia Militar, a Defesa Civil e outros órgãos atuarem de forma independente. Com um sem o outro, o serviço fica incompleto”, disse.
Participaram do encontro de terça-feira: Comdep; Secretaria de Obras; CPTrans; Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Produção; Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac); Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Secretaria de Ciência e Tecnologia; Secretaria de Administração e de Recursos Humanos; Procuradoria Geral do Município; Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico; Secretaria de Saúde; Fundação de Cultura e Turismo; Guarda Civil; Instituto de Previdência e Assistência Social dos Servidores Públicos do Município (Inpas); Secretaria de Educação; CEG; DTCEA-PCO (Cindacta 1); empresa Gridlab (manutenção das sirenes); OI; Ampla; 32º Batalhão de Infantaria Motorizado (32º BITmz); Polícia Militar; Polícia Rodoviária Federal (PRF); Corpo de Bombeiros; Concer; Rede de Operações de Emergência de Radioamadores (Roer); DGDec-Redec I; Águas do Imperador; Cruz Vermelha; Comando de Bombeiros de Área Serra (CBA II); e Serviço Geológico do Estado do Rio (DRM).

A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) irá orientar os municípios de Petrópolis, Nova Friburgo e Blumenau (SC) a produzirem novos protocolos de acionamento de sirenes no caso de chuvas fortes. Hoje nas três cidades, há um protocolo geral, para todo o município, baseado nos índices pluviométricos, independentemente do bairro. Com a proposta da Jica, cada região terá um protocolo específico, ou seja, serão considerados as características do solo e o padrão construtivo do bairro, além da intensidade das chuvas, para o acionamento das sirenes do Sistema de Alerta e Alarme.

A proposta da Jica foi apresentada na terça-feira (30/9), na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em São José dos Campos. O encontro, que teve a participação da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, faz parte da parceria de quatro anos, iniciada em 2013, entre governo federal e Jica para a redução de desastres das chuvas em Petrópolis, Nova Friburgo e Blumenau (SC).

No evento, o engenheiro civil japonês Hydeyuki Iwanami, consultor da Jica, mostrou como é o protocolo de acionamento das sirenes no Japão, desde o momento em que os agentes da Defesa Civil local são mobilizados até a emissão dos alertas para as comunidades. No país, o protocolo leva em consideração as características locais.

Iwanami dará início ao novo protocolo em Petrópolis, tendo como base as chuvas de março de 2013. A Secretaria de Proteção e Defesa Civil disponibilizará a ele dados do registro de ocorrência, com informações sobre hora e local de deslizamentos. O engenheiro da Jica cruzará esses dados com os de órgãos estaduais, como o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), sobre os índices pluviométricos em cada bairro a cada hora. Com isso, ele fará uma média de quantos milímetros é preciso chover para haver deslizamentos em cada comunidade. A partir desse levantamento, a Secretaria de Proteção e Defesa Civil irá elaborar o novo protocolo, acrescentando mais informações.

Petrópolis conta hoje com 18 sirenes do Sistema de Alerta e Alarme, instaladas em dez comunidades: Quitandinha, Ferroviários, Vila Felipe, João Xavier, Sargento Boening, São Sebastião, Siméria, Independência, Dr. Thouzet e 24 de Maio. As sirenes são consideradas a melhor ferramenta de prevenção a curto prazo em Petrópolis, já que os alertas orientam moradores de áreas de risco a procurar locais seguros, como casas de amigos ou parentes que não fiquem em áreas de risco ou pontos de apoio sinalizados pela Prefeitura. A Defesa Civil esclarece que os alertas das sirenes são o último aviso a esses moradores, já que eles devem procurar um local seguro assim que começar a chover forte, antes mesmo de a sirene ser acionada.

No encontro no Cemaden, a Defesa Civil estava representada pelo diretor técnico, engenheiro Ricardo Branco, e pelo chefe do Sistema de Alerta e Alarme, Vitor Júnior.